Pesquisadores brasileiros do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP), em parceria com a startup Omni-electronica, desenvolveram um sistema capaz de capturar amostras do novo coronavírus e monitorar a segurança de locais com grande concentração de pessoas. 

Com o apoio o Programa Pesquisa Inovativa em Pequena Empresa (PIPE) da FAPESP, a Omni-electronica já havia desenvolvido o sistema SPIRI, um conjunto de sensores que medem parâmetros de qualidade do ar, como temperatura, umidade, concentração de material particulado e quantidade de gás carbônico, índice mais importante na identificação do risco de transmissão do coronavírus.

Cada aparelho SPIRI tem capacidade de fazer medições em uma área de até 200 metros quadrados. As informações são enviadas em tempo real para uma plataforma, que interpreta os dados e define o risco de contágio. 

A tecnologia já está no mercado há, pelo menos, dois anos, mas, recentemente, a empresa realizou estudos no Hospital das Clínicas, centro de referência no tratamento da Covid-19. Amostras examinadas em laboratórios confirmaram a presença do coronavírus suspenso no ar.

Os resultados da pesquisa devem ser divulgados em breve em publicações científicas e podem servir como mais uma ferramenta de combate ao coronavírus. No entanto, sem a vacina, a melhor forma de evitar a contaminação ainda é cada um fazer sua parte e se prevenir.