O procurador-geral dos Estados Unidos, William P. Barr, afirmou que o Departamento de Justiça não encontrou evidências de fraude em proporções capazes de reverter o resultado da eleição presidencial. O presidente Donald Trump tem alegado que foi o vencedor e que a eleição foi fraudada desde a noite do pleito, antes mesmo da projeção de vitória do adversário, Joe Biden.
“Até agora, não encontramos fraude em escala suficiente para causar um resultado diferente na eleição", afirmou Barr em entrevista à agência Associated Press nesta terça (1).
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Aliado de Trump, Barr reforçou que uma investigação com participação de agentes do FBI está em curso para averiguar denúncias pontuais, mas, segundo ele, nada que seja capaz de manter o presidente na Casa Branca por outro mandato.
Outro aliado, o ex-prefeito de Nova York Rudy Giuliani, se manifestou pouco depois da publicação da fala de Barr: "Com todo o respeito ao procurador-geral, mas não houve nada nem próximo de uma investigação", disse o advogado, que comanda a batalha jurídica de Trump para tentar reverter o resultado das urnas.
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Reeleito no mesmo pleito, o líder do partido Republicano no Senado, Mitch McConnell, também se recusou a reconhecer a legitimidade da vitória de Biden até agora. Nesta terça, entretanto, o senador começou a dar sinais de que se prepara para a gestão Biden, citando a "nova administração" ao discutir pautas para 2021.
Embora ainda mantenha as alegações de fraude, o próprio presidente Donald Trump autorizou o início da transição para o próximo governo. Na última segunda-feira, após uma carta do órgão Administração dos Serviços Gerais (GSA, na sigla em inglês) formalizando o processo, o presidente escreveu no Twitter: “Nosso caso continua forte, vamos manter a boa luta, e acredito que vamos vencer! No entanto, para o melhor interesse do nosso país, estou recomendando que Emily [Murphy, que chefia o GSA] e sua equipe façam o que for necessário em relação aos protocolos iniciais, e disse à minha equipe para fazer o mesmo."
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