Marcela Leiros - AGÊNCIA CENARIUM
MANAUS (AM) - A Polícia Militar (PM) de Coari, a 363 quilômetros de Manaus (AM), informou que não foram registrados disparos de armas de fogo em convenção realizada nessa segunda-feira, 5, no município. Segundo a corporação, o que ocorreu foram ameaças de indivíduos, utilizando-se de simulacro, que causaram confusão generalizada. Um homem foi preso e 40 pessoas ficaram feridas, sem gravidade.
O tumulto ocorreu na noite de ontem, durante a convenção partidária do pré-candidato à Prefeitura de Coari Adail Pinheiro (Republicanos). O evento acontecia no Centro Cultural Carlos Braga, onde se reuniam, de acordo com estimativas da organização da convenção, cerca de 30 mil pessoas. Vídeos que circulam nas redes sociais mostraram a correria das pessoas causada pelos disparos. O tumulto resultou em várias pessoas levadas ao hospital com ferimentos.
Em publicação nas redes, o comandante da PM André Rocha detalhou o ocorrido: "Não houve disparo de arma de fogo, não houve troca de tiros, o que houve foi vândalos infratores que vieram manchar o evento democrático que estava ocorrendo na cidade. (...) Conseguimos prender um infrator, aprender um simulacro de arma de fogo, não houve ninguém ferido por disparo de arma de fogo, não houve troca de tiros, não houve nenhuma agressão por arma de fogo. O que houve foram pessoas machucadas porque correram pensando que estavam correndo de disparos de arma de fogo".
O Hospital Regional de Coari relatou que houve 40 atendimentos de emergência, mas sem casos de pacientes feridos por armas de fogo. Todos os atendidos tiveram apenas lesões leves, sem gravidade aparente e sem necessidade de intervenção cirúrgica.
O prefeito de Coari, Keitton Pinheiro (União Brasil), informou que a convenção foi suspensa após a confusão, pois "não havia mais clima”. "As atas do partido que oficializam a candidatura de Adail Pinheiro foram devidamente assinadas antes da interrupção", declarou.
O candidato Adail Pinheiro referiu-se à confusão, nas redes sociais, como um atentado à democracia. O ex-prefeito da cidade, que tenta voltar ao cargo, aproveitou para anunciar o filho Emanuel Pinheiro (União Brasil) como candidato a vice na chapa. "Infelizmente, tivemos um triste episódio de atentado à democracia durante o evento. Foi uma tentativa de intimidar cidadãos inocentes e desrespeitar o direito de escolha do povo coariense", declarou.
O deputado federal Adail Filho (Progressistas) e a deputada estadual do Amazonas Mayara (Republicanos), ambos filhos de Adail Pinheiro, expressaram solidariedade ao pai. "Este ato violento ameaça a democracia e o direito a um processo eleitoral seguro", disseram, em nota conjunta.
REDES SOCIAIS