Dezenove órgãos se reúnem em comitê técnico-científico para enfrentar seca no Amazonas
A equipe será coordenada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
16/08/2024 10h17
Marcela Leiros - AGÊNCIA CENARIUM
MANAUS (AM) - A primeira reunião do Comitê Técnico-Científico para assuntos de estiagem e eventos climáticos do Amazonas ocorreu nesta quinta-feira, 15, com a posse dos membros dos 19 órgãos que formarão o grupo responsável por assessorar o Comitê de Enfrentamento a Estiagem e Eventos Climáticos e Ambiental instituído em julho deste ano. A equipe será coordenada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
O grupo ainda será formado por servidores com conhecimento técnico da: Universidade do Estado do Amazonas (UEA); Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS); Secretarias de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti); do Meio Ambiente (Sema); da Fazenda (Sefaz); de Educação e Desporto Escolar (Seduc); de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb); de Energia, Mineração e Gás (Semig); de Saúde (SES); de Comunicação (Secom); de Produção Rural (Sepror); de Assistência Social (Seas); de Infraestrutura (Seinfra); Superintendência de Navegação, Portos e Hidrovias (SNPH); Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados do Estado do Amazonas (Arsepam); Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE); Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam); Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Amazonas (CBMAM) e Defesa Civil do Estado do Amazonas.
As reuniões do comitê acontecerão a cada 15 dias, com a produção de relatórios, a partir das análises científicas dos especialistas, que nortearão as ações do Comitê de Enfrentamento a Estiagem e Eventos Climáticos e Ambiental, conforme explicou o governador Wilson Lima (União Brasil).
"O comitê científico é um espaço de discussão científica, do ponto de vista de como é que a ciência enxerga o fenômeno. E aí, naturalmente, o parecer aqui do comitê nos subsidia nas decisões que nós devemos tomar, por exemplo, com relação à dragagem dos rios", destacou.
Ao dar posse aos membros do comitê, Wilson Lima enfatizou a importância da ciência para mitigar os impactos da seca e das mudanças climáticas no Estado. "A ciência tem sido fundamental e decisiva nesse caminho que a humanidade está trilhando, e em todas as áreas. Todas as áreas dependem e dependeram, ou chegaram até onde estão, resultado do trabalho feito pela pesquisa, ciência, tecnologia e inovação. E não tem outro caminho. Aqui, nós acreditamos na ciência", destacou.
A diretora-presidente da Fapeam e coordenadora do comitê técnico-científico, Márcia Perales, destacou o trabalho que as instituições de ensino e pesquisa já realizavam antes da formação do comitê, e que se intensificará com a criação do grupo.
"O comitê trabalha em dois momentos, para respostas a curto prazo, como assessoramento ao comitê de enfrentamento, que é presidido pelo governador Wilson Lima, mas também a médio prazo. Outras ações que estão em curso e que, talvez, para este momento não possam ser respondidas, serem apresentadas ainda ao comitê, porque este comitê tem uma voz superimportante, de entregar esses produtos, essas análises e resultados de pesquisas ao comitê de enfrentamento, que vai analisá-las e verificar a viabilidade, ou não, dessa implementação", acrescentou.
O Comitê de Enfrentamento à Estiagem foi criado pelo Governo do Amazonas no início de julho deste ano, ocasião em que o governo estadual decretou situação de emergência em 20 municípios no Estado, atualmente afetados com a vazante dos rios. De acordo com a análise de especialistas, a estiagem de 2024 pode ser mais extrema que a do ano passado, em que diversas comunidades passaram por dificuldades de acesso e desabastecimento de alimentos e água potável, entre outras situações.
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