As correntes de comércio do Brasil com os Estados Unidos e a China cresceram em valores nominais e atingiram um recorde no primeiro trimestre deste ano.
Em meio à guerra comercial entre Washington e Pequim, as transações entre Brasil e China ultrapassaram US$38,8 bilhões, com US$19,8 bilhões em exportações brasileiras e US$19 bilhões em importações. Apesar do crescimento na entrada de produtos chineses no país, houve um superávit na balança brasileira em relação à China.
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Além disso, as importações de produtos chineses dentro do território nacional aumentaram 35% entre janeiro e março. Um dos responsáveis pelo crescimento foi a compra de “plataformas, embarcações e outras estruturas flutuantes”, que movimentou US$2,7 bilhões.
O aumento na compra de produtos da China tem sido monitorado pelo governo federal, a fim de evitar um avanço ainda maior da guerra tarifária de Donald Trump.
Por outro lado, a dependência do país de produtos como válvulas e tubos chineses caíram 77% em relação a 2024. Com a redução na demanda de mercadorias chinesas por parte dos EUA, o Brasil pode se tornar um dos principais destinos para onde Pequim redireciona suas exportações.
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A relação comercial com Washington também atingiu um recorde, alcançando a faixa de US$20 bilhões no último trimestre. Entre janeiro e março de 2025, o Brasil exportou US$9,7 bilhões para os EUA e importou US$10,3 bilhões – o que representa um aumento de 6,6% em relação ao mesmo período de 2024. Mesmo assim, a balança comercial brasileira com os Estados Unidos permanece deficitária.
Seis de dez principais produtos exportados pelo país aos EUA registraram aumento, sobretudo:
- - Sucos (+74,4%)
- - Óleos combustíveis (+42,1%)
- - Café não torrado (+34%)
- - Aeronaves (+14,9%)
- - Semiacabados de ferro ou aço (+14,5%)
Já nas importações, houve alta em oito dos dez principais produtos americanos comprados pelo Brasil. Entre os aumentos, estão:
- - Óleos brutos de petróleo (+78,3%)
- - Medicamentos (+42,4%)
- - Motores e máquinas não elétricos (+42,3%)
- - Outros produtos farmacêuticos (+29,1%)
- - Óleos combustíveis (+9,4%)
- - Aeronaves (+8,1%)
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