Em cenário inédito no Brasil, abstenção no 2º turno é menor do que no 1º

O índice de abstenções no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, registrado nesse domingo (30), chegou a 20,58% do total de eleitores aptos a votar, o menor registrado desde 2006, totalizando 32,2 milhões de pessoas. Esta é a primeira vez que a abstenção no segundo turno foi menor que a do primeiro turno, que este ano foi de 20,95%, pouco mais de 32,7 milhões de eleitores.

Os votos em branco somaram 1,7 milhão, ou 1,43% do total, neste segundo turno, pouco abaixo dos 2,15% do segundo turno na última eleição presidencial, em 2018. Ao todo, cerca de 3,9 milhões de eleitores anularam o voto, o que representa 3,16% no total, percentual bem menor do que os 7,43% do segundo turno de 2018.

A maior abstenção em segundo turno havia sido registrada em 2010, quando 21,50% dos eleitores aptos não votaram. Desde então, as abstenções se mantinham constantes, em torno dos 21%.

Somando os votos nulos e brancos com as abstenções, 37,6 milhões de eleitores não escolheram nenhum dos candidatos, o equivalente a 24% do total. O candidato eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu 60,2 milhões de votos, enquanto Jair Bolsonaro (PL) teve 58,1 milhões de votos.

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