Fundação Padre Anchieta

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TV Cultura/ Ensaio
TV Cultura/ Ensaio

Cantor, compositor, produtor, artista plástico e professor brasileiro. Antonio Carlos Belchior - ou apenas Belchior - foi um dos maiores nomes da Música Popular Brasileira (MPB). Dono de sucessos como "Apenas um rapaz latino-americano", "Como nossos pais", "Mucuripe" e "Divina Comédia", o músico foi um dos primeiros cantores de MPB do Nordeste a fazer sucesso internacional, na década de 1970.

Belchior nasceu no dia 26 de outubro de 1946, ao norte de Sobral, no Ceará. Durante a infância e a adolescência, foi cantador de feira e poeta repentista, estudou música em um coral e piano com Acácio Halley, foi programador de rádio, fez parte do grupo de músicos "Pessoal do Ceará" e cursou Filosofia e Humanidades. 

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Em 1971, o compositor venceu o IV Festival Universitário da MPB, no Rio de Janeiro, com a canção "Na Hora do Almoço", interpretada por Jorginho Telles e Jorge Neri. Seu álbum "Alucinação", de 1976, é considerado como o mais revolucionário da história da MPB e um dos mais importantes para a música brasileira, segundo a crítica. 

Por causa disso, em 2009, a composição "Como nossos pais", popularizada na voz de Elis Regina, apareceu na posição 43 na lista das 100 Maiores Músicas Brasileiras pela Rolling Stone Brasil. Já em 2012, Belchior ocupou a posição 58 na lista das 100 Maiores Vozes da Música Brasileira pela revista.

Vítima de um aneurisma da aorta, Belchior morreu no dia 30 de abril de 2017, aos 70 anos, na cidade de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul.

O cantor segue recebendo homenagens até hoje. Em 2019, parte da música "Sujeito de sorte" - “Tenho sangrado demais, tenho chorado pra cachorro/Ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro” - teve destaque na faixa "AmarElo" do rapper Emicida, com Pabllo Vittar e Majur.

Para celebrar os 74 anos de Belchior, relembre sua participação no programa Ensaio, da TV Cultura:

Programa Ensaio (1992)

No Teatro Franco Zamparini, em 1992, o cantor cantou clássicos de seu repertório e relembrou momentos marcantes de sua vida e sua carreira em uma conversa com Fernando Faro. 

"Eu tive vontade de fazer música, de entrar para a música já na universidade e, sobretudo, quando vi e ouvi Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Edu Lobo, Geraldo Vandré, todas as pessoas, nordestinas ou não, que estavam, àquela altura, compondo o que me pareceu ser, àquela altura e sempre, a música popular brasileira mais atual, mais contemporânea, mais requintada e que tinha uma ligação muito grande com a produção poética, que sempre me interessou", relembrou o cantor. 

"Foi aí que, a partir da universidade, dos movimentos estudantis, dos centros acadêmicos, da PCE, as passeatas das quais eu participei e onde eu já cantava minha música que me deu o desejo de participar definitivamente e profissionalmente da música popular."