Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Getty Images
Getty Images

A desigualdade racial está enraizada em nossa sociedade e infelizmente ainda faz parte do nosso cotidiano e da vida de negros e negras de todo o mundo.

Diante dos acontecimentos atuais e contínuos que vem ocorrendo ao longo da nossa história brasileira, é importante se informar e aprender um pouco mais sobra a luta antirracista.

O dia da Consciência Negra, comemorado nesta sexta-feira (20), faz referência a Zumbi dos Palmares, o último dos líderes do Quilombo dos Palmares.

Para esse dia tão importante, preparamos séries marcantes e importantes que não podem estar fora da sua lista.

Entre elas, estão:

  1. Cara Gente Branca (2017, Netflix)

Baseada num filme de 2014, a série dirigida por Justin Simien, conta a história de Sam White e outros jovens negros numa universidade majoritariamente branca, nos EUA. 

Apesar do clima juvenil de séries sobre estudantes universitários, os alívios cômicos são constantemente interrompidos por demonstrações de racismo velado e de como ele afeta os personagens. Acontecimentos que podem ser encontrados com facilidade em nossa sociedade.

Cara Gente Branca é sobre racismo. Mas também aborda muito mais.

  • Afronta! (2017)

Filmado tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, a série foi produzida pela TV Preta em parceria com o Canal Futura, sendo lançado justamente no dia nacional da Consciência Negra. 

O projeto dá voz a 26 jovens artistas negros do Brasil para falarem sobre temas em pauta na atualidade, apresentando 26 episódios curtos de 15 minutos cada. 

Dessa forma, a partir de experiências e relatos pessoais, discutem-se diversos temas, como representatividade, pertencimento, empreendedorismo, ancestralidade e afrofuturismo. 

Pode ser assistida tanto no Canal do Youtube da Tv Preta quanto na Netflix.

  • Olhos que condenam (2019, Netflix)

Lançada em 2019 na Netflix, a minissérie foi criada, dirigida, escrita e pensada por Ava DuVernay e traz à tona um dos casos mais emblemáticos da história norte-americana que envolve a condenação e a prisão indevida de cinco jovens negros do bairro do Harlem sob falsa acusação de estupro de uma mulher no Central Park em 1989.

A produção tem como intuito fazer os seus telespectadores pensarem sobre a invisibilidade dos jovens negros, que historicamente estão entre os que mais morrem e estão entre os mais encarcerados do mundo.

Dessa maneira, visa colocar luz a uma história que aconteceu por erros graves cometidos no início da investigação.

  1. Oprah Apresenta: Olhos que Condenam (2019, Netflix)

A produção especial traz a apresentadora conversando com os cinco homens condenados na história real, e também o elenco e equipe da adaptação, para discutir a importância de contar essa história, o que mudou com o passar dos anos e também um pouco dos bastidores do seriado.

O especial pode ser assistido diretamente no catálogo da Netflix, mas, conta apenas com áudio em inglês e legendas em algumas línguas, inclusive, português.


  1. A vida e a História de Madam C.J Walker (2020, Netflix)

A série traz a história de Madam C.J. Walker (Octavia Spencer), ativista social e a primeira mulher a se tornar milionária nos Estados Unidos em 1900, conquistando sua própria fortuna por meio de uma linha de produtos capilares e cosméticos para mulheres negras.

É uma história real, que aborda não só todos os passos dados por ela para vencer a pobreza, mas também questões relacionadas a autoestima de uma mulher negra, família e relacionamento.


  1. Atlanta (2016)

É uma série de televisão norte-americana de comédia dramática criada e estrelada por Donald Glover.

A série apresenta a história de dois primos que sonham em se destacar no cenário rap de Atlanta em um esforço para melhorar suas vidas e as vidas de suas famílias.

A produção foi premiada em duas categorias — Melhor Série de Televisão Musical ou Comédia e Melhor Ator em Série Musical ou Comédia — nos Prémios Globo de Ouro de 2017.


  1. Irmandade (2019, Netflix)

Série brasileira original Netflix, trata de temas como o sistema carcerário nacional, racismo e a vida na periferia.

A trama retrata o surgimento da facção “Irmandade” dentro de uma penitenciária nos anos 1990 e é marcada pelo reencontro de dois irmãos.

Após anos sem se verem, ambos se pegam em lados opostos da moeda, onde um é presidiário e a outra advogada criminal.

Os oito episódios da primeira temporada têm como foco mostrar o quão falho e racista é o sistema penitenciário brasileiro.

  1. Homecoming (2019, Netflix)

O documentário fala sobre a aclamada apresentação de Beyoncé no Festival Coachella 2018, mostrando como foi tal processo criativo e revelando também imagens de arquivo pessoal, focando no desejo da artista em celebrar e lutar desde o início de sua carreira pela cultura e direitos dos negros.

Ela se debruçou sobre a causa negra e sobre violência policial em muitos de seus clipes e apresentações.


  1. A 13ª Emenda (2016, Netflix)

O documentário faz uma alusão à Emenda Constitucional criada por Abraham Lincoln, que, em 1865 aboliu a escravidão. Além disso, aborda também o sistema carcerário americano e suas injustiças.

Estudiosos, ativistas e políticos analisam a correlação entre a criminalização da população negra dos EUA junto com o boom do sistema prisional.

Fora isso, examina os estágios da construção histórica do preconceito e aponta como a formulação racista contribuiu para associar os negros ao mundo do crime e, por consequência, aumentar o aprisionamento deles nas cadeias e cada vez mais em maior quantidade, através de um processo de encarceramento em massa.


  1. A 13º Emenda: Oprah Winfrey entrevista Ava Du Vernay (2017, Netflix)

Após a indicação ao Oscar de melhor documentário, a Netflix lançou um especial no qual a apresentadora Oprah Winfrey entrevista a diretora Ava DuVernay. O especial, possui cerca de 30 minutos de duração.

DuVernay é a primeira mulher negra a ser indicada ao Oscar de documentário.

No especial, ela fala sobre o processo de filmagem, discute como o sistema prisional dos Estados Unidos reflete o longo histórico de desigualdade racial do país e comenta também, sobre as entrevistas, a recepção do filme e o cenário político e social com o presidente Donald Trump.