No #Provoca desta terça-feira (1º), o escritor e jornalista Michel Laub falou sobre política, fascismo e cancelamentos na internet, além de abordar seus livros O Tribunal da Quinta-feira (2016) e o mais recente, Solução de Dois Estados (2020).

Ao discutir sobre o significado de fascismo, o escritor reflete: "Acho que a gente não pode mais considerar - e é um erro, inclusive, que eu pratiquei muito tempo - que o fascismo é só o fascismo histórico. Evidente que as condições dos anos 30 não se repetem por mil motivos. A gente tem que olhar hoje para as questões, e aí não adianta ser relativista, questões que são nossos limites éticos e ver quem, a partir dessas questões, cruza determinadas linhas."

"Eu posso dizer que os meus limites éticos e políticos hoje em dia, por exemplo, estão concentrados nos direitos humanos. Quem prega contra os direitos humanos, para mim, está do lado da barbárie. Eu posso chamar do que eu quiser: fascistoide, fascista, seja o nome que for. É uma discussão semântica. Mas para mim está muito claro o que esse fenômeno representa no mundo de hoje", continua o escritor. Questionado por Marcelo Tas sobre exemplos, ele dispara: "o presidente da República". 

Autor de sete romances, Michel Laub foi editor-chefe da revista Bravo, coordenador de publicações e internet do IMS (Instituto Moreira Sales) e atualmente é colunista do jornal Valor Econômico, com passagem por diversas outras publicações, como Folha de S.Paulo e do Globo.

Assista à entrevista na íntegra:

Apresentado por Marcelo Tas, o #Provoca vai ao ar às terças, às 22h15, na TV Cultura, site e redes sociais da emissora, além do canal oficial do programa no YouTube.