Mais de dois anos após a final de 8 de abril de 2018, Palmeiras e Corinthians reeditaram a final do Campeonato Paulista. Em circunstâncias tão atípicos, oriundas de uma pandemia que atinge todo o mundo, o cenário da disputa compartilhava muitas semelhanças com a decisão de 2018. Mas com um desfecho completamente diferente.

Mais um Derby entra para a história do esporte, e de uma rivalidade da maior envergadura, que é Corinthians e Palmeiras. A equipe do Parque São Jorge, mais uma vez, renascia das cinzas e calava críticos e zoações de rivais. De um time que corria o risco de rebaixamento, a finalista. Mas nem sempre o final do jogo premia a narrativa do renascimento.

Quem leva o título para casa é o Palmeiras, após 180 minutos de uma disputa que não se destacou pelo futebol bem jogado, muito pelo contrário.

Em uma partida de pouquíssimas chances, coube a Luiz Adriano subir mais alto que todo mundo, aos 5 minutos da etapa final, e cabecear com estilo, sem chance de defesa para Cássio.

Mas, quem achou que o jogo tinha acabado, se enganou. Se tratando de Corinthians, não poderia ser diferente. No último lance da partida, Jô é derrubado na área por Gustavo Gomez. Na cobrança, o camisa 77 foi para a bola. Weverton quase chega, mas a penalidade é convertida. A partida vai para os pênaltis no Allianz Parque. 

Novamente, a dúvida pairava na cabeça de qualquer palmeirense, assim como as lembranças de dois anos atrás. Michel e Cantillo perderam as cobranças do Timão. Bruno Henrique desperdiçou pelo lado do Palmeiras. A última cobrança, uma responsabilidade enorme para qualquer jogador, caiu nas costas de Patrick de Paula. 

Quis o destino que o garoto, de apenas 20 anos de idade, descoberto na Taça das Favelas do Rio de Janeiro, convertesse a última cobrança. 

Palmeiras campeão paulista de 2020 e mais um Derby para conta. O placar do confronto está empatado novamente,128 vitórias para cada um dos lados. Mas quem comemora hoje é o Verdão, e com méritos.