O Bahia anunciou nesta quinta-feira (24) a reintegração de Juan Ramírez ao elenco do clube. O jogador foi acusado de injúria racial contra Gerson, meio campista do Flamengo, no último domingo em uma partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Em nota, o clube afirmou que contratou uma consultoria para analisar as imagens do momento do insulto e o laudo não comprovou ofensa verbal.
A nota publicada pelo clube baiano afirma: “Os laudos das perícias em língua estrangeira contratadas pelo Bahia não comprovam a injúria racial e o clube entende que, mesmo dando relevância à narrativa da vítima, não deve manter o afastamento do atleta Índio Ramírez ante a inexistência de provas e possíveis diferenças de comunicação entre interlocutores de idiomas diferentes”.
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A investigação feita pela diretoria do Bahia vai na contramão do que apurou o Flamengo. Além das acusações de racismo contra Gerson, o time carioca também afirma ter provas de injúrias raciais contra Bruno Henrique, outro atleta negro do elenco flamenguista.
Mesmo com a consultoria contratada pelo Bahia, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) e a Delegacia de Crimes Raciais do Rio de Janeiro ainda investigam o caso. Gerson já prestou depoimento na última terça-feira (22).
Bahia no combate contra o racismo
A nota publicada pelo Bahia não tratou apenas da reintegração de Ramírez ao elenco. A carta também falou das ações que o clube vem tomando ao longo do últimos ano no combate ao racismo.
A primeira ação não é de agora. Há alguns anos, o clube baiano criou o Núcleo de Ações Afirmativas, que promove ações educativas contra o racismo. Além disso, também criou o “Dedo na Ferida”, programa de imersão para debater os aspectos estruturais do racismo. O Bahia é um dos pioneiros na criação de ações contra o racismo dentro do futebol.
Depois do episódio de racismo envolvendo um atleta do clube, o Bahia se comprometeu a colocar cláusulas anti-racista, xenofóbica e homofóbica no contrato dos jogadores.
Leia a nota na integra feita pelo Bahia sobre o caso
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