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Quem aqui já assistiu o clássico "Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio"? E se eu te dissesse que aquele estilo de corrida com os carros jogando de lado, que vemos no filme, realmente existe? Em vários momentos do longa é citado o termo drift, e é exatamente esse o nome da modalidade popular no Japão e no mundo!

Se comparado com outros tipos de torneios do esporte a motor, nos quais os pilotos competem entre si pela vitória durante um período de tempo pré-determinado, o drift tem uma abordagem um pouco diferente. O objetivo dos pilotos é fazer o carro derrapar e desenvolver a melhor linha ao longo das provas, para que em seguida um grupo de juízes possa avaliá-los pelos critérios de traçado, ângulo e estilo.

O Brasil sempre foi um berço de talentos no automobilismo, e agora vemos essa revelação de prodígios também no mundo do drift com Diego Higa, de 25 anos. Apaixonado por carros desde pequeno, o santista puxou muita coisa do pai, Walter.

“Ele morou no Japão e conheceu o esporte lá enquanto estava a trabalho. Quando voltou para o Brasil, começou a vivenciar esse mundo, ir em eventos e logo em seguida montou seu primeiro carro. Sempre fui um filho muito colado ao pai, sempre muito parceiro, nessa época ele já tinha oficina mecânica. Sempre brincava de carrinho na infância, sempre tive minibuggy, kart. Meu pai foi meu investidor no começo, desde os 13 anos de idade na compra do primeiro carro até os 18 anos. Com o passar do tempo os patrocínios foram aparecendo, e conseguimos construir uma carreira sólida no decorrer dos anos. Faz 11 anos que estou no esporte”, comenta Higa.

Detentor de quatro títulos brasileiros e sete campeonatos no Super Drift Brasil, Diego foi convidado pela Netflix para participar do reality show "Hyperdrive", em 2019. Uma espécie de gincana de derrapagens repleta de obstáculos e carros tunados com pilotos de todo o mundo. No fim do torneio, Higa subiu ao topo do pódio.

“O 'Hyperdrive' foi uma novidade para todos, porque ele reuniu tribos de todos os cantos do automobilismo, então havia pilotos de arrancada, time attack, rally, drift. Baseado nas pistas que eles montaram, com certeza os melhores pilotos que iriam performar melhor seriam os de rally e de drift, pois ambos derrapam nas curvas. Lá havia muitas pistas pensadas com base no drift, então favorecia os pilotos mais experientes da categoria, Quando chegamos lá, nosso primeiro contato foi ver a Lamborghini Huracán, que estava lá com um kit biturbo de mais de mil cavalos, e uma Mercedes GTR se não me engano. Fizemos nossa primeira corrida, foi um baita sucesso e conseguimos ganhar”, relembra o piloto da NSC Garage.

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A Fórmula Drift, uma das principais categorias desta modalidade no mundo, contará com o brasileiro no grid de 2023. “Comprei o meu carro neste ano, estou indo para os Estados Unidos o tempo todo para treinar, vou começar a competir lá na próxima temporada. Disputei o campeonato em 2017 mas não tivemos sucesso na época, o carro quebrava em todas as provas. No ano que vem iniciarei na categoria PRO, que é a principal, e representarei o Brasil mundo afora assim como fiz no Hyperdrive”.

No fim deste mês de agosto, Higa disputará a primeira etapa do Super Drift Brasil no circuito do ECPA em Piracicaba, interior de São Paulo.

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