Fundação Padre Anchieta

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Reprodução/Pedro Ferreira
Reprodução/Pedro Ferreira

Neste sábado é celebrado o Dia Internacional do Contador de Histórias! E quem não gosta de uma boa história, não é mesmo? A data foi oficializada em 1991, quando um grupo de pesquisadores da Suíça organizou um grande evento literário com o objetivo de promover a narração oral e estimular a formação de uma rede internacional de narradores

A escritora e narradora, Clara Haddad, é responsável por dar vida às palavras e personagens há 29 anos! Uma trajetória artística dedicada, exclusivamente, à narração oral. Durante todo este tempo, ela formou mais de dois mil alunos de oito nacionalidades diferentes. 

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A contadora, que tem o seu próprio canal no YouTube, comemora esta data tão especial compartilhando as alegrias e desafios dá sua profissão:

“Os contadores de histórias sobretudo na pandemia ganharam protagonismo, inclusive, em grandes espaços midiáticos. Existem muitos contadores de história, na realidade, só que a grande maioria com foco no público infantil”. Conta a artista, que além de atender a este público, também utiliza deste saber para outras atividades: “O meu diferencial é contar histórias para todos os públicos e não só para crianças. De bebês até os idosos, de professores que precisam de técnicas para narrar, até empresários que querem comunicar melhor".

Estímulo

Para Clara, a atividade precisa ser estimulada desde cedo: “Meu primeiro contato com narração e contos foi logo na infância através da minha avó sírio-libanesa que contava histórias de vida e do seu povo”, comenta. Segundo ela, a pandemia aproximou muitas famílias e o tempo livre fez com que muitos pudessem se dedicar a contar histórias presencial e virtualmente. 

“Contar histórias não implica só em contar contos literários ou da tradição oral. Contar é partilhar afeto. Momentos de vida, memórias. Existem pais que buscam contar histórias, conversar com seus filhos e isso cria um laço tão forte de cumplicidade que jamais será quebrado”, afirma.

Observador e ouvinte

Mesmo sendo considerada uma profissão, qualquer pessoa pode se tornar um contador de história. De acordo com Clara, quem se dedica a este ofício é um observador e um ouvinte da vida, dos sons, dos silêncios, das pessoas e das coisas. 

“Uma boa forma de iniciar a pratica de contar histórias é contar histórias de vida, situações reais, os clássicos da literatura. Não precisa ser de livro. As histórias de vida também são histórias, tem ritmo, fluidez, encadeamento, sobretudo, quando narramos aquilo que sentimos e já vivemos. A palavra fica preenchida de emoção”.

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Ainda de acordo com ela, é preciso olhar nos olhos e entender que a escuta é um bem precioso: "Ouvindo uma história é possível aprender a lidar com perdas, entender seus sentimentos e emoções, vencer um obstáculo, ter novas ideias, entre outras tantas coisas”.

Já os clássicos da literatura, de acordo com a narradora, têm lugar especial na preferência das crianças. “Os contos de fadas falam de situações que nos transmitem profundas lições sobre nós mesmos e sobre o mundo. Nos conectam com os mistérios da vida por isso vão sempre atravessar gerações”, finaliza a artista.

Quintal da Cultura

Claro que uma contadora de histórias como Clara Haddad não poderia ficar de fora de um dos programas infantis de maior audiência da TV Cultura: Quintal da Cultura! Sobre suas participações, Clara afirma se sentir acolhida: "Estou entre amigos".

"Além disso, tenho liberdade criativa e posso selecionar as histórias. Existe um grande respeito e um trabalho colaborativo incrível. Todos os anos participo, contando histórias e inclusive nestes tempos de pandemia gravei vários vídeos que devem ser veiculados brevemente no canal". 

Clara afirma considerar o programa como o "melhor para a infância no Brasil" e que os conteúdos são "de muita qualidade".

Confira algumas participações da contadora no Quintal da Cultura:


Sobre o Quintal da Cultura

Divertido e educativo, o programa acompanha quatro crianças – os irmãos Ludovico e Doroteia, o amigo Osório e sua tia Ofélia –, que brincam e se divertem aprendendo coisas novas ao lado de um jabuti chamado Quelônio e da minhoca Minhoquias.