Acredita-se que o surfe começou com polinésios que viviam no Havaí e no Taiti. Entretanto, foi popularizado por Duke Kahanamoku, havaiano que conquistou três medalhas de ouro na natação nos Jogos de Estocolmo 1912 e Antuérpia 1920 — quando competiu pelos Estados Unidos.
Kahanamoku é considerado "o pai do surf moderno" e plantou a semente para a futura inclusão nas Olimpíadas, expressando esse sonho ao receber sua medalha no pódio em 1912, na capital sueca.
Muito tempo depois, já em 2016, o desejo do atleta foi finalmente realizado: o Comitê Olímpico Internacional reconheceu o surfe como esporte olímpico e, agora, faz sua estreia em Tóquio 2021.
Formato Olímpico
Ao todo, 40 surfistas — 20 homens e 20 mulheres — vão ao Japão para tentar uma medalha inédita. Cada país pode levar, no máximo, quatro representantes.
Nas competições olímpicas, o formato passará por rodadas iniciais e principais, que levam para decisões de ouro e bronze. As iniciais terão baterias de quatro e cinco atletas, e as principais terão baterias de dois participantes — em que o vencedor avança para a próxima rodada e o perdedor é eliminado.
Normalmente, a duração de uma bateria é de 30 minutos e decidida pelo diretor técnico, dependendo das condições do dia. Neste tempo, cada atleta terá permissão para surfar no máximo 25 ondas e, assim, duas dessas ondas de maior pontuação serão contabilizadas na bateria total.
Veja imagens: Webstory: História e regras do surfe
Um painel de cinco juízes avaliará cada corrida com base nos critérios de julgamento. Esses critérios refletem a definição de bom surfe e são baseados nos elementos de comprometimento e grau de dificuldade, manobras inovadoras e progressivas, combinações, variedade e velocidade, potência e fluxo. Em vez de surfar o maior número de ondas possíveis ou realizar uma grande quantidade de manobras, os atletas são seletivos na escolha das ondas.
As manobras não têm pontuação prescrita e o acúmulo de pontos depende da aplicação geral dos critérios a cada corrida inteira.
Muitas vezes, a manobra definitiva para os surfistas é o barril onde o surfista desaparece e cavalga dentro da parte oca da onda — mas isso também é pontuado de acordo com vários fatores técnicos e com base na qualidade.
Brasil em Tóquio
Gabriel Medina, Italo Ferreira, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb são responsáveis por representar o Brasil na praia de Tsurigasaki, no Japão, e conquistaram as vagas através do Circuito Mundial de Surf da Liga Mundial de Surf, a WSL.
Veja o Minuto Cultura sobre o surfe:
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