As falhas do Caixa Tem estão provocando aglomerações nas agências da bancárias da Caixa. O alerta foi feito pela Fenae (Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal), que alerta para o risco à saúde que isso significa tanto para usuários quanto para os funcionários da instituição.

O mais curioso é que a conta Caixa Tem virou parada obrigatória do dinheiro do auxílio emergencial e do FGTS. Com a justificativa de que liberar o saque iria causar lotações nas agências, a Caixa obriga o usuário esperar meses para sacar o benefício.

Até o mês passado, a Caixa dizia que o dinheiro parado na conta Caixa Tem poderia ser utilizado para pagamentos de contas de consumo, boletos e realização de compras. Ou seja, poderia ser movimentado até a data do saque. Mas com o início do saque emergencial do FGTS ficou impossível usar o app para qualquer função.

“Além dos transtornos aos brasileiros que precisam destes benefícios emergenciais para sobreviverem, surge outro problema: o deslocamento às agências, colocando em alto risco a saúde das pessoas e dos bancários, no auge da pandemia em diversas localidades do país”, ressalta o presidente da Fenae, Sérgio Takemoto.

Quais as principais falhas? Desde filas virtuais intermináveis até o cancelamento de transações efetuadas. Outro problema foi apontado por usuários do aplicativo. O banco deveria ter depositado o FGTS emergencial (de até R$ 1.045 por trabalhador) na poupança digital de nascidos em janeiro, fevereiro e março. Contudo, beneficiários foram comunicados que o pagamento seria depositado “em outra data”.

Segundo informações da Caixa, “o crédito foi reprogramado para o calendário seguinte, condicionado à complementação de dados no app FGTS”. Porém, ao divulgar as regras do Fundo de Garantia Emergencial, o banco não orientou os beneficiários a “completarem cadastros”. Tanto a abertura da poupança digital quanto o depósito do FGTS Emergencial seriam automáticos.