A Prefeitura de São Paulo autorizou a volta da montagem das barracas dos ambulantes no mesmo horários das lojas de rua, entre às 10h e 16h. Após mais de 100 dias parados, os trabalhadores retornaram às atividades em meio ao alívio e à insegurança.
"Tem ainda aquele certo receio, porque nem todo mundo está saindo de casa. A gente ainda não sabe como vai ser, a gente espera que seja um bom público, né? Que o pessoal venha para comprar mercadoria e para repor mercadoria", afirmou a comerciante Amabile Rodrigues.
Para que os ambulantes voltassem ao trabalho, a prefeitura impôs algumas regras. Entre elas, manter o distanciamento mínimo de 1,5 metro, reforçar a limpeza das bancas e mercadorias, cobrir as máquinas de cobrança com plástico e disponibilizar álcool em gel. As mesmas regras valem pra quem vende alimento nas ruas.
Os ambulantes representam boa parte da força de trabalho do Brasil. Só a capital paulista tem 2 mil ambulantes legalizados e outros 10 mil com licença de trabalho temporária.
"O desemprego deve levar, pelo menos em um primeiro momento, ao aumento do trabalho informal em nosso País. E muitos deles sequer tiveram acesso ao Auxílio Emergencial pago pelo governo para amenizar a situação como um todo. São ambulantes, são empregadas domésticas e outras categorias que ficaram fora do radar da rede de assistência social pública", explicou o economista Fábio Gallo.
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