Em entrevista ao Roda Viva, desta segunda-feira (27), o cantor e compositor Emicida falou, entre diversos assuntos, da postura do Brasil frente a pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Ao ser questionado sobre a atuação do país no combate ao vírus pela jornalista Paula Carvalho, da Jovem Pan, o artista lembrou que as consequências da falta de atenção no enfrentamento da doença existem e devem ser motivos de preocupação. “Isso já está começando a elaborar respostas de várias maneiras e negativamente. Existem diversos países, especialmente na Europa, que não estão aceitando a entrada de brasileiros”, disse Emicida.
“A imagem do Brasil está completamente deteriorada, isso é muito sério. A gente não fala mais sobre controle do contágio, a gente já se refere a pandemia no passado”, comenta.
Na entrevista, o rapper relembra a postura do presidente Jair Bolsonaro em falar que a Covid-19 se tratava de uma “gripezinha” e afirma que o discurso adotado pelo governo ressoou não só entre os apoiadores do presidente, mas em setores “que estão no extremo oposto”.
Pressões da pandemia
Para Emicida, a população como um todo é pressionada de diversas formas a voltar para as ruas. “Infelizmente, depois de quatro meses, as pressões não são só econômicas, mas psicológicas também. Eu sinto que a gente começou a entrar no automático e a ignorar a gravidade das coisas. As pessoas se sentem obrigados a voltar para rua de alguma maneira, porque se sentem angustiadas”, completa.
Apresentado pela jornalista Vera Magalhães, o Roda Viva vai ao ar às 22h, na TV Cultura, no site da emissora, no canal do YouTube e nas redes sociais Twitter, Facebook, e Linkedin.
Assista à íntegra de Emicida no Roda Viva:
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