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A disponibilização de uma vacina contra a Covid-19 não depende apenas de testes sorológicos. Negociações comerciais e capacidade de produção também são fatores para a distribuição da substância que produz imunidade.

O alto custo do produto pode deixar países inteiros sem a vacina. Já outros, como o Brasil, terão que escolher quem terá prioridade na aplicação. Em entrevista ao Jornal da Tarde, a advogada Mérces da Silva Nunes explicou que essa prioridade é definida pelo Ministério da Saúde. "Em regra, algumas pessoas recebem principalmente. Os profissionais da área da saúde são os que primeiro vão receber as doses da vacina. É como uma estratégia de guerra: eles são os soldados que nos ajudam a combater o inimigo". Segundo Mérces, o segundo grupo prioritário é o de pessoas vulneráveis, incluindo idosos ou que contem com algum tipo de comorbidade, como diabéticos e pessoas com problemas cardíacos.

A primeira etapa para elaboração de uma vacina é a fase de escolha do ativo que será utilizado em sua produção, seguida pelas fases que testam a segurança da vacina, a capacidade de produção de anticorpos da vacina no organismo e, por fim, a real eficácia da substância. Após a última etapa, ainda é necessária a aprovação das autoridades sanitárias nacionais. "Ela vai ser feita em um prazo de até 30 dias para ser dado o registro para que ela possa ser aplicada em larga escala no país", comenta a advogada.

A questão da patente da vacina pelos laboratórios que a fabricarem vem sendo discutida em diversos países do mundo. "Os processos de obtenção de qualquer fármaco, e nisso se inclui a vacina, são processos caríssimos. A farmacêutica espera que ela tenha o retorno de todo o investimento feito", explica Mérces. Por ser uma pandemia global, alguns laboratórios já sinalizaram a venda da substância por preço de custo. Contudo, a decisão não é um consenso. Algumas farmacêuticas americanas têm dito que vão vender a vacina a preço bastante elevado. A atitude pode gerar consequências negativas. "Se isso acontecer, muitos países não vão ter acesso a vacina porque não tem condições econômicas para comprar as doses necessárias para realizar a imunização", pontua a advogada.

Na tentativa de evitar o cenário, uma resolução da Organização Mundial da Saúde (OMS) autoriza o licenciamento compulsório da vacina caso a farmacêutica responsável por sua produção não a ceda. Sobre a medida, Mérces da Silva argumenta: "Não sei se isso vai vingar porque 194 países aderiram a essa resolução, mas os Estados Unidos não aderiram. Quando os Estados Unidos não aderam, as chances dos outros países conseguirem aplicar isso fica bastante reduzida".

Para o Brasil, a esperança está na eficácia das vacinas inglesas e chinesas, que já estão sendo testadas em território nacional. "Supondo que sejam uma dessas duas vacinas, nós temos a possibilidade de ter essas doses em uma quantidade expressiva para imunizar a população brasileira nesse primeiro momento", completa a advogada.

Assista à entrevista completa: