Condição crônica caracterizada pela perda de pigmentação de algumas áreas da pele, o vitiligo é a realidade de aproximadamente 3 milhões de brasileiros. A ignorância e o preconceito fazem com que os portadores se sintam inseguros, além de prejudicar a autoestima e a convivência social.
Diante dessa realidade, apareceu João Stanganelli Junior: um avô de 64 anos, portador de vitiligo, que decidiu fazer bonecas em crochê para ajudar na autoestima das crianças. João contou à TV Cultura que o interesse por essa arte apareceu depois que ele teve um problema no coração e precisou ficar de repouso. Ele começou a aprender com Marilena, sua esposa, que já confeccionava algumas peças e foi aí que ele se interessou pela prática.
Inicialmente, a ideia era criar os brinquedos para a sua neta. “Comecei a fazer as bonecas inspiradas em uma artista plástica, a Kay Black e em uma modelo, a Winnie Harlow. Tive a ideia de colocar as manchas para que a minha neta tivesse uma boneca que realmente representasse o avô”, diz. Assim, ele criou a Vitilinda.
João conta que não dominava as práticas de crochê e levou cinco dias para finalizar a primeira bonequinha, mas quando concluiu, tirou uma foto que viralizou nas redes sociais. “Passei a receber encomendas e, de certa forma, comecei a militar sobre o vitiligo. Me tornei, além de tudo, um militante na causa.”.
O impacto foi tão positivo que ele ampliou a coleção, criando também bonecas com outras condições como alopecia areata, psoríase e dermatite atópica. Atualmente, o avô segue divulgando seu trabalho em seu perfil no Instagram e no Facebook.
REDES SOCIAIS