A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia deu o prazo de 48 horas para que o Ministério da Justiça explique o dossiê sobre opositores ao governo. A ministra é relatora de uma ação movida pelo partido Rede Sustentabilidade que pede a suspensão imediata da produção do informações sigilosas sobre servidores.
Segundo informações vazadas, a Secretaria de Operações Integradas (Seopi) do Ministério da Justiça elaborou, em junho deste ano, um dossiê com informações de 579 servidores federais e estaduais, entre eles, policiais e professores, que estariam ligados aos movimentos antifacismo e de oposição ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O Ministro da Justiça, André Mendonça, afirmou que mandou abrir investigação interna sobre o caso e demitiu o atual diretor da Seopi, Gilson Libório.
Segundo a ministra do STF, se o conteúdo da denúncia foi verdadeiro, "escancara comportamento incompatível com os mais basilares princípios democráticos do estado de direito e que põem em risco a rigorosa e intransponível observância dos preceitos fundamentais da Constituição".
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