Fundação Padre Anchieta

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Reprodução/ Mata Ciliar
Reprodução/ Mata Ciliar

O número de acidentes com animais silvestres nas estradas paulistas está cerca de 20% maior, de acordo com a ONG Mata Ciliar. Nos últimos quatro anos, a média de resgates por dia subiu de seis para 11. Cerca de 30% dos animais resgatados são vítimas de atropelamentos. 

O retorno de uma preguiça ao seu habitat, na última sexta-feira (7), aconteceu dois dias depois de ela ser encontrada na estrada, perto da capital. Uma jaguatirica macho não teve a mesma sorte. Batizado de Tadinho, ele foi vítima de um atropelamento há oito anos, teve uma parte da pata amputada e não poderá voltar à natureza. A jaguatirica vive com outros 900 animais na área de 36 hectares da Associação Mata Ciliar, em Jundiaí. 

"Assim que o animal chega, a gente vê se ele está respirando bem, se não tem nenhum sangramento ativo, e aí a gente começa a fazer o exame físico e a avaliar se ele tem fratura, se ele tem hemorragia. E aí a gente entra com a medicação suporte, para suprir todas as necessidade do animal", explicou a veterinária Débora Rodrigues.


Além de cuidar dos animais, a ONG capacita as equipes e orienta quais equipamentos são necessários para os resgates. Acionar o órgão responsável pela rodovia é fundamental para manter a segurança de todos. "A pessoa que não tem o conhecimento de fazer esse resgate pode se colocar em risco e colocar em risco a segurança do tráfico", afirmou João Moacir Silva, coordenador de tráfego da CCR AutoBAn.

Nessa segunda-feira (10), a associação recebeu um jabuti depois de ser atropelado em Bragança Paulista, no interior de São Paulo. Segundo a Mata Ciliar, o cachorro do mato é a espécie silvestre que mais é vítima de atropelamentos nas rodovias do País. Pitico pertence ao grupo: ele foi resgatado no começo do ano e precisou de cirurgia, mas já está recuperado. 

Da mesma forma está Tambaú. Depois de quatro cirurgias, o lobo-guará está prestes a receber treinamento para poder ser devolvido à natureza. A notícia é boa, mas o processo deve durar mais de três anos, tempo que poderia ser poupado se os motoristas fossem mais cautelosos e a natureza, mais preservada.

"Muito importante também que a gente lute pelos ambientes preservados. Os animais não são atropelados somente em razão das rodovias estarem ali, eles são muito vítimas também diretas dessa questão do desmatamento, das queimadas, que ocorrem em boa parte do nosso estado também", disse Samuel de Oliveira Nunes, coordenador de comunicação da Mata Ciliar.