Um levantamento feito pelo IDEC (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) revela que o brasileiro gasta, em média, o valor de um salário mínimo por ano com o pagamento de tarifas bancárias.

No último ano, o reajuste médio das taxas foi cerca de 3 vezes maior que o IPCA, o "termômetro" da inflação: enquanto o índice ficou em 1,88%, tarifas avulsas e pacotes de serviço tiveram alta de 5,1% e 6%. Segundo Ione Amorim, economista do órgão que fez o levantamento, as taxas são abusivas porque ficam muito acima da inflação. "Quando o IDEC encaminha os resultados desses comparativos aos bancos, normalmente eles alegam que é um alinhamento de preço. Mas é impossível você corrigir um preço pela inflação aumentando cinco vezes o índice de inflação acumulado no período", explica.

Os reajustes de serviços como taxa de transferências, saques e emissão de cheques ficam a critério de cada instituição. Por isso, a economista recomenda que o consumidor busque seu extrato de tarifas para contratar o pacote mais adequado às suas necessidades, além de procurar alternativas: "Os bancos digitais chegaram há pouco tempo no mercado, mas vieram para fazer uma concorrência; eles oferecem serviços como isenção de tarifas, inclusive para serviços que são muito caros nos bancos tradicionais", conclui.