Fundação Padre Anchieta

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Arquivo Pessoal
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Em meio à crise e incerteza que o país vive devido à pandemia da Covid-19, projetos sociais surgem e reacendem uma chama de esperança nos mais afetados. Este é o caso do Energia do Bem, coletivo que surgiu no início do surto da doença no Brasil, quando a prática do isolamento social foi aplicada e os comércios fecharam.

Após ouvirem relatos de que moradores de rua da zona central de São Paulo, na região popularmente conhecida como Cracolândia, estavam cometendo furtos às pessoas devido a fome, as amigas Thaís Augusto do Nascimento, 37, e Liliana Peres, 38, se mobilizaram para providenciar ajuda a quem precisava. O Energia do Bem começou com 9 pessoas distribuindo lanches, refrigerantes e água.

No primeiro evento de solidariedade, o grupo arrecadou 700 reais e preparou 300 lanches, que acabaram em 20 minutos. “Foi uma ação muito impactante para nós”, disse Thaís em entrevista ao site da Cultura.

A mobilização continuou de forma voluntária e, além da arrecadação de alimentos, o projeto ainda passou a reunir roupas, máscaras, produtos de higiene, cobertores, livros e ração para distribuição, atendendo não somente pessoas em situação de rua, mas também as famílias em vulnerabilidade durante a pandemia.

Hoje, são quase 80 pessoas que participam do coletivo de diferentes formas, seja doando, participando na divulgação do projeto, na preparação dos kits e na recolha dos auxílios.

Após cinco meses das ações e mais de 4 mil pessoas atingidas, o Energia do Bem se considera um projeto de conexão: “O intuito do Energia do Bem é conectar. Conseguimos ligar uma ponta na outra, entre quem quer ajudar e quem precisa de ajuda. Tem muita gente que se predispõe a ajudar mas, às vezes, falta aquele empurrão, aquele incentivo”, disse Thaís. É desta forma que o projeto vêm trabalhando lado a lado com outros quatro grupos de apoio que visam tornar o mundo um lugar mais digno, são eles: Irmãos da Rua, Projeto Irmã Dulce, Lar da Irmã Celeste e Mesa do Amor.

Um destes casos de conexão aconteceu com um imigrante haitiano chamado James. Ele estava em um farol do bairro Lapa, situado na zona oeste de São Paulo, com uma placa pedindo um emprego. O Energia do Bem, além de fornecer uma cesta com alimentos para James, fez o intermédio do imigrante com o projeto Reintegra, que tem como objetivo inserir no mercado de trabalho imigrantes e pessoas que sofrem com preconceito racial.

“Por que energia do bem? Porque qualquer energia que você emana, independentemente da sua religião, da sua fé e do que você acredita, a gente só quer fazer o bem. O mundo precisa de pessoas que se preocupem com as outras”, completa Thais.

Como ajudar?

Além de participar com doações, os voluntários podem contribuir com o projeto na preparação dos kits de lanche, na divulgação do projeto e na arrecadação de alimentos, máscaras, produtos de higiene básica, roupas, cobertores, livros e ração. 

Sede do Energia do Bem: Rua Nahomi Harada Ribeiro, 397, Jardim Las Vegas, Guarulhos - SP.