A Justiça aprovou o acordo de delação que prevê que Dario Messer, o 'doleiro dos doleiros', cumpra até 18 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, e devolva aos cofres públicos o total de 99,5% dos bens que possui, avaliados em R$ 1 bilhão.
Conhecido como maior doleiro do Brasil, Messer é apontado pelo Ministério Público como dono de um sistema online, que interligava operações ilegais de câmbio em 52 países e atendia cerca de 3 mil empresas com sede em paraísos fiscais.
Ele foi o principal alvo da Operação Câmbio, Desligo em 2018, mas não foi encontrado na cobertura em que vivia no Rio de Janeiro. O doleiro viveu foragido no Paraguai e foi preso em São Paulo, em julho do ano passado.
Nesta quarta-feira (12), Messer prestou o primeiro depoimento à força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro. Ele confirmou que era dono de mesa de câmbio no Uruguai, onde trabalhavam dois doleiros. Entre os atendidos pelo escritório, estava o ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral.
Segundo os investigadores, só o esquema de Messer no Uruguai movimentou US$ 1,6 bilhão. Além da Câmbio, Desligo, ele é alvo de duas outras operações, uma delas está relacionada ao contrabando de pedras preciosas.
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