A plataforma tem como objetivo formar um documento digital de imunização para cada usuário. Segundo o CEO da Blok Bio Science Latam Pablo Lobo, ela funciona por meio de recursos e mostra para as instituições como gerenciar as crises.

“Pensa na carteira de imunização que você já usa no dia a dia. A plataforma nada mais é do que o documento digital. Você já tinha o documento que você usava para o seu filho. O que estamos fazendo agora é digitalizar isso. Qual é o principal recurso? Olhar para os dados e gerir trânsito de pessoas”, diz Pablo.

As informações sobre o surgimento de sintomas, como febre e tosse, alimentam o banco de dados. Em caso de suspeita de Covid-19, a pessoa é orientada a começar a cumprir isolamento, e a instituição que ela frequenta recebe um alerta, o que possibilita iniciativas para evitar a transmissão. Resultados de testes, como o PCR e o sorológico, ajudam a compor o banco de dados.

A plataforma começa a funcionar com dados reais a partir deste mês. No Brasil, o projeto piloto envolve cerca de dois milhões de pessoas e deve ser concluído no fim de 2020.

O Inova HC, Centro de Inovação do Hospital das Clínicas, é parceiro da startup. Giovanni Guido Cerri, presidente da comissão do Centro diz que “a startup está trazendo essa nova tecnologia que pretende mapear as áreas de risco, os pacientes de risco em comunidades como escolas e indústrias. O Inova HC ajuda a fazer com que essa iniciativa tenha o controle científico e ajuda a avaliar os resultados. É a associação da tecnologia da startup com o conhecimento do HC.”

A combinação entre inteligência artificial e conhecimento científico é mais uma ferramenta para tornar a retomada das atividades econômicas o mais segura possível. Para Pablo, com esses dados as empresas vão conseguir se planejar melhor.

“O que temos é mais uma ferramenta para planejar e gerenciar uma abertura programada do mercado; sem esses dados, sem entender o que acontece com a população que frequenta um espaço x, contamos apenas com a sorte”, finaliza.