A quarentena imposta pela pandemia da Covid-19 fez com que pais e responsáveis adiassem a ida aos postos de saúde. Entre janeiro e julho deste ano, a taxa de vacinação de crianças caiu para 61%, percentual inferior à meta anual do Ministério da Saúde, de 90% a 95%. A pior cobertura é contra a hepatite B, que registrou apenas 51% das imunizações previstas.
De acordo com os dados divulgados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI), o índice de vacinação infantil já apresentava queda nos últimos anos. Em 2015, 95,8% das crianças de até um ano de idade tomaram as nove principais vacinas. Nos dois anos seguintes, houve queda: 86%, em 2016, e 87% em 2017. Em 2018, o número subiu para 90%, mas no ano passado voltou a cair, apenas 83% das crianças foram imunizadas.
Além da insegurança para a ida aos postos de saúde, especialistas citam a disseminação de informações falsas sobre vacinas e o desconhecimento dos perigos de doenças já controladas como fatores. Profissionais de saúde alertam que estar com a carteira de vacinação em dia é fundamental para o período de reabertura da economia, principalmente no início do retorno às aulas.
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