A pesquisa Liberdade Online apontou que metade das adolescentes e jovens que usam redes sociais já sofreram assédio sexual. O levantamento foi realizado em 22 países, onde 14 mil meninas de 15 a 25 anos de idade foram entrevistadas.
Na média global, 58% delas disseram que já foram assediadas nas redes sociais. No Brasil, o percentual é maior: 77%. O estudo alerta para a gravidade da violência online num momento em que o tempo de tela aumentou muito em razão da pandemia.
O problema mais relatado na pesquisa, por 58% das entrevistadas, foi a linguagem abusiva. Na sequência apareceu o body shamming, quando alguém é exposto ao ridículo por causa do próprio corpo, com 54%. Por fim, 52% das meninas citaram o constrangimento proposital.
O levantamento mostra a urgência de se criar mecanismos mais eficazes de controle das plataformas, e também de se aumentar o debate sobre a visibilidade do corpo da mulher.
Especialistas dizem que o assédio virtual é tão ou mais danoso do que o presencial, pois na rede social estamos expostos a um grande número de pessoas. Um comentário ruim pode significar humilhação pública.
A violência através das redes sociais afeta relacionamentos, derruba a autoestima e silencia a voz das vítimas. A solução, segundo a pesquisa, não é deletar os perfis, mas tratar a cultura machista da sociedade e cobrar punições para esses ataques.
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