A Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) está fazendo uma pesquisa para avaliar o impacto do trabalho remoto sobre quem trabalha na área administrativa. Uma preocupação em tempos de pandemia, o sedentarismo pode afetar diretamente aqueles que abandonaram a atividade física enquanto trabalham em home office.
"A gente sabe que essa população em questão [que trabalha na área administrativa] já tem atividade física diminuída e alto índice de sedentarismo. Essa pesquisa vem para entender como que está indo isso dentro de casa. Normalmente, a gente sabe que esses trabalhadores gastam um tempo indo ao trabalho e voltando do trabalho. Então, a gente quer saber se esse tempo que eles estão em casa eles estão usando para fazer atividade física", explicou Luiz Augusto Brusaca, pesquisador da UFSCar.
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Segundo o fisioterapeuta, o sedentarismo aumenta o risco de complicações no sistema musculoesquelético; promove sintomas de fadiga, dificuldade de relaxar, diminuição da função cognitiva, doenças vasculares, doenças metabólicas, diabetes tipo 2; predisposição a doenças degenerativas, a alguns tipos de câncer e à obesidade; aumenta a mortalidade, entre outros efeitos.
A fim de monitorar a quantidade de atividade física realizada pelos pesquisados, são instalados sensores em três partes do corpo: coxa, perna e tórax.
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"A partir disso, a gente vai conseguir saber por quanto tempo a pessoa passou sentada, andando, correndo, subindo escada, andando de bicicleta e deitada. A gente vai pegar dias de semana e dias de final de semana e, além disso, horário de trabalho e horário de não trabalho e o tempo dormindo também."
Para participar, os interessados devem enviar um e-mail ao ative.laco@gmail.com.
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