O Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP (Incor), em São Paulo, faz parte de um estudo internacional sobre um remédio para o tratamento de colesterol elevado e hereditário em crianças. A doença genética é chamada de hipercolesterolemia familiar (HF).
A pesquisa, iniciada em 2016 e publicada recentemente, testou um remédio já usado por adultos em 157 participantes, com idade entre 10 e 17 anos, em 23 países.
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"A hipercolesterolemia familiar é uma doença genética que aumenta o colesterol do sangue desde o nascimento. Nós sorteamos essas crianças para receberem o Evolocumabe, uma injeção mensal do remédio, uma injeção de placebo e nós seguimos essas crianças durante seis meses, né? E nós vimos que o tratamento reduziu o colesterol 38% em comparação ao tratamento usual, ou seja, a gente conseguiu adicionar uma redução significativa de colesterol para essas crianças", afirmou o diretor da Unidade Clínica de Lípides do Incor e autor do estudo, Raul Santos.
Estima-se que entre 5% a 10% das crianças e adolescentes que têm colesterol alto sofram de hipercolesterolemia familiar. A descoberta de que o medicamento é seguro e eficaz para uso infanto-juvenil precisa ser reconhecida pela agência de saúde dos Estados Unidos, o que facilita a aprovação aqui no Brasil.
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O resultado do estudo indica que é possível diminuir colesterol em crianças e adolescentes que têm a doença genética e assim reduzir também a chance de infartos, que acometem um em cada quatro pacientes de até 40 anos e metade dos que têm menos de 50 anos. Para tanto, o diagnostico precoce é fundamental.
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