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Imagem: Projeto Saium-de-Coleira/UFAM
Imagem: Projeto Saium-de-Coleira/UFAM

Primata nativo da Amazônia, o saium-de-coleira figura a lista das 25 espécies mais ameaçadas de extinção em todo o mundo. Ele só é encontrado em dois locais isolados da região de Manaus, capital do Amazonas. Recentemente, o Governo Federal não aprovou plano que prevê a criação de reservas para proteger esse animal criticamente em perigo.

O pequeno primata conta com cabeça preta sem pelos e pelagem branca na parte de cima do corpo, formando uma coleira que dá origem a seu nome. Um adulto da espécie mede 30 centímetros de corpo, 40 de cauda e tem cerca de meio quilo de peso.

Ao todo, o Brasil tem 150 espécies de macaco, sendo o país que tem a maior quantidade do primata no planeta. Contudo, destas, 36 estão ameaçadas de extinção. Entre elas, 6 estão criticamente ameaçados de extinção, sendo o saium-de-coleira o que se encontra em estado mais grave. "Essa espécie ocupava toda a área de Manaus e uma parte do município de Itaquatiara", diz o ambientalista João Pedro de Oliveira Costa em entrevista ao Repórter Eco. Com o avanço urbano, os espaços de sobrevivência do animal ficaram reduzidos a apenas duas reservas em Manaus, sendo uma delas a Reserva Ducke.

Um plano nacional que tenta proteger a espécie existe desde 2011. Ele foi elaborado pelo Instituto Chico Mendes de Preservação da Biodiversidade em parceria com outras entidades. Uma das principais recomendações é a criação de uma reserva biológica nos arredores de Manaus. Contudo, o presidente Jair Bolsonaro negou a execução dessa medida, afirmando que isso atrapalharia o desenvolvimento da Amazônia.

Costa reitera que a criação de novas reservas é importante para evitar consanguinidade entre os membros da espécies. "Se esses bichos desaparecem da Reserva Ducke, a gente vai ficar com um grupo que só reproduz entre si. Depois de 3 gerações, nós precisamos renovar esse sangue, senão ele vai deteriorando", diz o especialista.

O coordenador do projeto Saium-de-coleira da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Marcelo Gordo, relembra a importância da sobrevivência desse animal: "Ele faz um elo entre as florestas primárias, bem conservadas, com florestas secundárias. Quando ele leva sementes de um lugar para o outro, ele está acelerando o processo de recuperação".

Assista à matéria do Repórter Eco: