Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o desmatamento apresentou um aumento de 9,5% maior entre agosto de 2019 e julho de 2020, apresentando cerca de 11.088 km² desmatados.
Neste mesmo período, entre 2018 e 2019, o número é 9,5% maior. Nestes dois anos foram consatatados cerca de 10.129 km² de florestas desmatadas.
“Havia uma estimativa ou até uma expectativa de que o resultado que fosse divulgado nos daria um aumento em torno de 20% do que ocorreu no ano passado, foi um pouco menos da metade disso aí. Não estamos aqui para comemorar nada disso, porque isso não é para comemorar, mas isso significa que os esforços que estão sendo empreendidos começam a render frutos”, afirma Hamilton Mourão, vice-presidente da República.
A maior ocorrência do desmatamento ocorreu em quatro estados do Brasil, no Pará (47%), Norte de Mato Grosso (15,9%), Sul do Amazonas (13,7%) e Rondônia (11,2%). Sendo que, 45% ocorreram em áreas privadas e 30% em áreas públicas.
Segundo Marcos Pontes, Ministro da Ciência e Tecnologia, é importante realizar a identificação e classificação dessas terras, de forma que a gente se possa ter uma ferramenta mais precisa para que as tropas de solo possam ir lá e cumprir a sua função.
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As imagens coletadas para a realização do monitoramento são coletadas através de quatro satélites, um americano, o Landsat-5/TM, o indiano IRS-1, o inglês UK-DMC2, e o último é o CBERS-2/2B, realizado entre uma parceria do Brasil com a China.
Em fevereiro, um novo satélite integralmente nacional se juntará ao monitoramento de focos de incêndio e desmatamentos, o Amazônia 1.
“Não há dúvidas de que há setores no governo tentando enfrentar o problema, há setores agindo de forma totalmente contraditória, num discurso que estimula a invasão, um discurso que estimula o desrespeito à legislação, serve como estímulo às forças contrárias à conservação da Amazônia, e as forças especulativas”, declara João Paulo Capobiano, biológo e ambientalista.
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