O direito de consertar um produto no lugar de jogar fora e comprar outro começa a ser discutido no Brasil. Movimento quer que a indústria produza bens que durem mais, evitando o consumo excessivo provocado pela chamada obsolescência programada, ou seja, quando produtos quebram ou param de funcionar antes do que deveriam.
A economista Cristina Helena Pinto de Mello explica o conceito e como ele cria mercado para a empresa: "Você compra um produto, e ele é um produto que quebra com facilidade, está programado para ser frágil, para você precisar substituir. Mas também a ideia de que você cria um novo conceito, muda o estilo, e aquilo que você tinha então fica velho perto daquilo que é novo. Você passa a desejar a troca".
O impacto de consertar um produto ao invés de comprar outro é crucial para o meio ambiente. Na França, uma lei para punir empresas que criam produtos com obsolescência programada foi criada. Em outros países europeus, fábricas de televisão, máquinas de lavar e geladeira deverão, a partir do ano que vem, produzir componentes que ampliem a vida útil dos objetos.
A economia de recursos naturais e diminuição da poluição pelo descarte em lixões são fatores que motivam a mudança.
No Brasil, a irradicação dos lixões está prevista na Política Nacional de Resíduos Sólidos, lei que já tem 10 anos e ainda não foi colocada em prática.
Assista à matéria do Jornal da Tarde:
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