Mesmo da chegada da pandemia do novo coronavírus, o Brasil já enfrentava uma situação econômica difícil, mas devido ao fechamento dos comércios e isolamento social, o cenário apresentou uma piora muito grande ao longo desse ano.
Para ajudar o brasileiro a enfrentar essa crise, o Governo Federal lançou o auxílio emergencial de R$ 600, entretanto, após alguns meses, ele caiu pela metade, fazendo com que a desigualdade aumentasse ainda mais.
Segundo pesquisa do economista Daniel Duque, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em agosto, 38,8 milhões de brasileiros se encontravam em situação de pobreza. Em setembro, o número saltou para 47,4 milhões.
Em relação a pobreza extrema, constatou-se que no mês de agosto 5,2 milhões se encontravam nessa situação. Em setembro, o número também apresentou aumento, com 9,2 milhões de brasileiros sobrevivendo diariamente com R$ 10.
“Em 2021 veremos um salto da pobreza devido ao fim do auxílio emergencial, já que a recuperação do mercado de trabalho não tem sido suficiente para contrapor o montante de renda que o auxílio fez chegar aos domicílios mais pobres”, afirma Daniel.
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Segundo a OXFAM Brasil, organização da sociedade civil que monitora desigualdades, o país pode se tornar um epicentro da fome se não houver uma adoção de políticas públicas que enfrentem o problema que foi agravado pela pandemia.
O desemprego, a redução de salários e a incerteza em relação à continuidade do auxílio emergencial pedem medidas urgentes para garantir a sobrevivência dos mais carentes, como a reforma tributária e um programa de renda básica.
Um relatório da entidade, revela que em todo o mundo, 500 milhões de pessoas serão levadas a pobreza. A ONU já alertou para a possibilidade de o Brasil voltar ao mapa da fome, de onde saiu há seis anos.
Veja reportagem do Jornal da Tarde:
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