Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Getty Images
Getty Images

12 crianças morreram vítimas de 'bala perdida' no Rio de Janeiro em 2020. A expressão, comumente usada por jornalistas, pelo governo e por especialistas, esconde uma realidade cruel: não há responsabilização pelo fato.

As primas Emilly e Rebecca foram mortas, baleadas enquanto brincavam na porta de casa na última sexta-feira (4). A bala atravessou a cabeça de Emilly, de 4 anos, e o peito de Rebecca, de 7. 

"Você imagina olhar para o chão em frente a casa onde você mora e ver o corpo inerte de um filho seu", diz Antonio Carlos Costa, presidente da ONG Rio de Paz, que lidera protesto na capital Brasília, em frente ao Congresso Nacional. "Por que o Rio de Janeiro não parou? Por que não ouvimos palavra do presidente da República, da Secretaria de Direitos Humanos, do ministro da Justiça?", questiona.

Para o advogado Leonardo Pantaleão, o caso poderia ter ganhado maiores dimensões caso as vítima tivessem alto poder aquisitivo. Ele ainda ressalta a importância de identificar o responsável pelo tiro, para que se possa atribuir àquela pessoa o resultado da conduta. "Muitas dessas situações acabam, de fato, ficando impunes por conta de não se conseguir identificar ou coletar todo o armamento utilizado naquele cenário", diz.

São raros os casos em que, mesmo quando a pessoa que apertou o gatilho não é identificada, o Estado é responsabilizado e obrigado pela Justiça a indenizar a família. Na maioria das vezes, o que acontece é o esquecimento. "Em não poucos casos, as mortes foram emblemáticas. Mas nada acontece. As famílias continuam desamparadas, a autoria do homicídio não é elucidada, os assassinos não são punidos e não há mudanças na política de segurança pública. Quem morre são crianças pobres. Nisso reside a indiferença por parte do poder público", completa Costa.

Assista à matéria do Jornal da Tarde: