AstraZeneca estuda combinar sua vacina em desenvolvimento contra a Covid-19 com Sputnik V, da Rússia
Imunizante da farmacêutica foi feito em parceria com a Universidade de Oxford. As duas vacinas têm como base um vetor viral que introduz parte do material genético do coronavírus no organismo
11/12/2020 11h52
A farmacêutica sueca AstraZeneca anunciou nesta sexta-feira (11) que estuda a possibilidade de combinar sua vacina em desenvolvimento contra a Covid-19, feita em parceria com a Universidade de Oxford, com uma vacina desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, na Rússia, denominada Sputnik V.
As vacinas têm como base um vetor viral, vírus modificado que introduz parte do material genético do coronavírus no organismo das pessoas, para gerar respostas de defesa do corpo; em ambas esse tipo de vírus é um adenovírus.
As duas vacinas são aplicadas em duas doses, a diferença é que AstraZeneca/Oxford usa o mesmo vírus modificado nas duas sessões, e a Sputnik V não.
"A AstraZeneca também considera como pode avaliar combinações heterólogas de diferentes vacinas, trabalhando com parceiros da indústria, governos e instituições de pesquisa em todo o mundo, e em breve começará a explorar com o Instituto de Pesquisa Gamaleya, na Rússia, para entender se duas vacinas baseadas em adenovírus podem ser combinadas com sucesso", afirmou a farmacêutica em um artigo.
"Avaliar diferentes tipos de vacinas Covid-19 em combinação pode ajudar a desbloquear alianças na proteção, melhorar sua acessibilidade e fornecer uma abordagem adicional para ajudar a superar esse vírus mortal", completa.
A vacina da AstraZeneca e da Universidade de Oxford é uma das quatro que estão sendo testadas no Brasil; o país possui um acordo para a compra de 100 milhões de doses do imunizante.
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