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O Japão encontrou uma nova variante do coronavírus em quatro pessoas que estiveram no Amazonas e desembarcaram em Tóquio no começo de janeiro.

O Instituto Nacional de Doenças Infecciosas do Japão, que analisou as amostras dos pacientes, confirmou ser uma nova cepa do coronavírus, diferente das outras já identificadas no Reino Unido e na África do Sul.

A informação foi confirmada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em nota técnica divulgada nesta terça-feira (12). Pesquisador Felipe Naveca, do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), aponta que as cepas detectadas nos viajantes japoneses evoluíram de uma linhagem viral no Brasil. "É um fenômeno recente, provavelmente ocorrido entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021", descreve o texto sobre a mutação.

A nova mutação foi designada provisoriamente de B.1.1.28.

"A variante que foi encontrada pelos pesquisadores japoneses tem uma série de mutações que ainda não tinham sido encontradas. Algumas mutações dela envolvem mutações na proteína Spike, que é a proteína que faz a interação inicial com a célula humana. Isso é uma coisa que chama atenção, ele é um vírus que acumulou muitas mutações em pouco tempo", esclarece Naveca.

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O pesquisador ainda comentou se a nova variante está relacionada com o aumento no número de mortes no estado. "A gente ainda não tem certeza de quando ela surgiu exatamente [...] e não tem certeza se ela está circulando no Amazonas em grande quantidade. Essa situação é multifatorial", disse.

Naveca ainda ressalta que, tanto o vírus mutante, quanto o vírus original, podem ter sua disseminação controlada por meio do uso de máscaras, distanciamento social e higienização adequada das mãos. "Nesse momento, é um apelo. A gente precisa frear a evolução desse vírus e a gente só faz isso diminuindo a transmissão", completa.

Confira a íntegra da nota divulgada pela Fiocruz.

Fiocruz publica Nota Técnica sobre nova variante do SARS-CoV-2 encontrada no Amazonas

Pesquisador do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia) confirma a identificação da origem da nova variante do SARS-CoV-2 B.1.1.28, no Amazonas. O estudo liderado por Felipe Naveca sugere que as cepas detectadas em viajantes japoneses que tinham passado pela região amazônica evoluíram de uma linhagem viral no Brasil, que circula no Amazonas. A nova variante foi designada provisoriamente de B.1.1.28 (K417N / E484K / N501Y).

Os achados apontam ainda que a mutação detectada na variante B.1.1.28 (K417N / E484K / N501Y) é um fenômeno recente, provavelmente ocorrido entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021.

O pesquisador informa que em parceria com a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS/AM) e o com o Laboratório Central de Saúde Pública do Amazonas (Lacen-AM) está conduzindo um levantamento genômico de indivíduos recentemente infectados com SARS-CoV-2 no Amazonas, com o objetivo de detectar a circulação dessa linhagem no Estado.

Os estudos realizados pela Fiocruz Amazônia recebem apoio da Fiocruz, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

ILMD/Fiocruz Amazônia, por Marlúcia Seixas