O governador de São Paulo, João Doria, divulgou nesta sexta (22) as novas medidas de combate à pandemia de Covid-19 no estado. A partir da próxima segunda-feira (25), o estado adotará as restrições da fase vermelha do Plano São Paulo aos fins de semana e entre as 20h e 6h nos dias úteis.

Na coletiva de imprensa em que foram apresentadas as novas regras, o governador se dirigiu aos críticos das medidas e profissionais dos setores afetados pelas restrições: "Compreendemos as suas preocupações e suas ponderações, mas peço que compreendam também: sem vida não há economia. Sem a existência não há processo econômico que sobreviva. Precisamos primeiro cuidar das pessoas, garantir que elas estejam vivas para que possam ir a bares, restaurantes, padarias, shoppings, comércio, parques, áreas de lazer, estádios de futebol e outras tantas áreas de atuação", afirmou.

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Na fase vermelha, apenas serviços essenciais, como mercados e farmácias, poderão funcionar nos dias e horários mais restritivos. Comércio, bares e restaurantes devem fechar.

Doria também citou o colapso da saúde em Manaus: "Quero lembrar que o aumento da incidência da Covid na capital do Amazonas começou exatamente quando setores da economia - restaurantes, bares, mercados, mercadinhos, comércio - pressionaram o governador do estado do Amazonas, o prefeito da cidade de Manaus e as autoridades de saúde a revisarem o programa de quarentena. E, infelizmente, essas pessoas venceram. As autoridades cederam a essas manifestações e voltaram a abrir aquilo que deveriam ter mantido fechado. E qual foi o resultado disso? Um aumento intenso de pessoas infectadas e, lamentavelmente, de pessoas que foram a óbito. São Paulo não vai ceder. São Paulo vai proteger". 

As novas regras também endurecem os critérios de classificação de fases de acordo com a ocupação das UTIs no estado. Até agora, passavam para a fase vermelha as regiões que tinham 80% dos leitos ocupados; o novo parâmetro é 75%. Também foi determinado que nenhuma região vai retornar às fases amarela e verde, menos restritivas, até a reclassificação no dia 8 de fevereiro.

"Por favor, nos ajudem a conter a pandemia", disse o governador, dirigindo-se ao público. Ele citou aglomerações e outras violações dos protocolos de segurança contra a Covid-19 registradas no final de 2020 e o crescimento de óbitos e infecções em todo o país. 

Segundo informações divulgadas pelo governo de São Paulo nesta tarde, as novas restrições são medidas emergenciais para evitar um colapso do sistema de saúde em São Paulo. Considerando o aumento constante na taxa de ocupação das UTIs paulistas, a gestão projeta que haverá sobrecarga em 28 dias se o estado mantiver o ritmo de contágio.

Assista ao trecho da coletiva de imprensa: