O Ministério Público pediu a prisão do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), nesta quarta (27), em ação que aponta supostas irregularidades na aplicação das vacinas contra a Covid-19 no estado do Amazonas.
Além do prefeito, a representação criminal pede a prisão preventiva da secretária de Saúde do município, Shadia Fraxe. O Ministério Público solicita ainda o afastamento deles dos cargos e mandados de busca e apreensão.
Também foi pedida a prisão de outras vinte pessoas por denúncias de "fura-filas" na vacinação contra a Covid-19 na capital do Amazonas.
Em nota, o prefeito afirmou estar indignado com o que chamou de "atuação ilegal e arbitrária de membros do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas (MP-AM)" e afirmou que tomará medidas cabíveis contra os responsáveis. "Não há o menor indício de desvio de recursos públicos, ato lesivo ao erário ou repercussão criminal. [O prefeito] reitera a confiança no Poder Judiciário, nas instituições e na gestão transparente da cidade de Manaus", prossegue a nota.
Mesmo com a transferência de mais de 300 pacientes para outros hospitais e a ampliação do número de leitos, 566 pessoas aguardam por uma vaga para serem atendidas no estado. Quase 100 precisam de UTI. Segundo a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas, a fila de espera começou no dia 6, quando o sistema de saúde entrou em colapso.
Em janeiro, a média diária de pessoas internadas com a doença ou com suspeita chegou a 175, mais de quatro vezes superior ao registrado em dezembro (40) e acima do pico da pandemia em maio (168). A Secretaria de Saúde do Amazonas informou que trabalha em conjunto com o governo federal para ampliar o atendimento de pacientes.
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