A indicação do general da reserva Joaquim Silva e Luna para o cargo da presidência da Petrobras gerou uma reação imediata dos investidores e queda do valor de mercado da estatal.
Desde a última sexta-feira (19), a empresa perdeu mais de 100 bilhões de reais em valor de mercado, o que corresponde a cerca de 20% do valor total da companhia.
A escolha do general tem como cenário a insatisfação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) com a política de preços que vem sendo aplicada nos últimos anos. O valor pode ficar ainda mais alto dependendo da demanda mundial e do câmbio.
A indicação também causou uma disparada no dólar, que pode ser uma tendência, caso Bolsonaro cumpra a promessa de interferir em todas as áreas com tarifas públicas. Com isso, os índices de inflação de alimentos, que já bateram recordes durante o ano passado, irão piorar.
José Correia, que produz e entrega marmitas na zona leste da capital paulista também foi atingido pela situação. “Eu gastava por semana R$250,00, hoje gasto em torno de R$ 450,00. Tive que reduzir as demandas de entrega por não conseguir repassar esse aumento para o consumidor”.
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Para Ladislau Dowbor professor de economia da PUC-SP, “existe uma ausência de definição da política econômica do país. Isso fragiliza a moeda interna e eleva o preço do dólar, o que torna mais interessante exportar e fragiliza o mercado interno”, explica.
O último reajuste realizado pela Petrobras foi de R$ 0,23 no preço da gasolina nas refinarias e R$ 0,34 no valor do diesel. O frete também é afetado e acaba custando mais. No Brasil, mais de 70% do transporte de cargas é feito nas estradas.
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