A Praça do Pôr do Sol, um dos principais pontos turísticos de São Paulo, é alvo de polêmicas e virou assunto de justiça. Desde o início da pandemia, a prefeitura instalou tapumes no lugar para conter aglomerações, e, em dezembro, começou uma obra para colocar um alambrado no local. A ação desagradou moradores próximos do local, que entraram com um pedido junto ao Ministério Público para impedir a instalação.
O que motivou a ação dos moradores é que praças são caracterizadas por áreas abertas e de uso comum da população. A lei diz que alambrados e cercas só podem ser instalados em parques. Além disso, está incomodando a população local é o alto custo desse serviço. Incluindo manutenção e zeladoria, já soma dois milhões e duzentos mil reais.
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Raquel Rolnik, professora de urbanismo da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, é contrária a essas medidas na Praça do Pôr do Sol: “Praças são espaços livres de uso comum, que não podem ser fechados”.
Mas nem todos são contrários a instalação da cerca. A Associação Amigos do Alto de Pinheiros, bairro onde a praça se localiza, emitiu uma nota defendendo os alambrados. “São frequentes os casos de mau uso da praça – som alto ao longo da noite, lixo, uso e venda de bebidas alcoólicas e drogas, além de questões como pichações e estacionamentos em locais proibidos”, afirma a Associação.
Por enquanto, a cerca fica na Praça do Pôr do Sol. O espaço continua fechado para evitar aglomerações no local. Não há data para o resultado da ação feita por moradores da região.
Assista a reportagem completa exibida no Jornal da Tarde desta segunda-feira:
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