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Reprodução/Wikimedia Commons
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O Museu do Holocausto usou as redes sociais nesta quinta (11) para denunciar os atos da advogada Dóris Denise Neumann, que aparece em vídeo repetindo uma frase em alemão usada pelos nazistas.

No vídeo que circula pelas rede sociais, a advogada participa de uma manifestação contra as medidas restritivas adotadas pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e diz: "Os alemães vão entender a frase que eu vou falar: arbeit macht frei. Não foi isso que a gente aprendeu? Que o trabalho nos faz ser livre. Pois aqui nós estamos reivindicando o trabalho. Se o governador que foi posto por nós no poder para a decisão não decidir que nós possamos trabalhar, a gente tira ele".

A frase citada pela advogada foi afixada nos portões de campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, como o de Auschwitz, na Polônia. 

Assista ao vídeo:

 

"Esta não é uma nota de repúdio", diz a postagem do Museu do Holocausto. "É um pedido de ajuda às autoridades e aos nossos seguidores: por um lado, para que a advogada Dóris Denise Neumann responda criminalmente por seus atos", diz a publicação. "Por outro, para que suas palavras, ditas a céu aberto, sejam de conhecimento público, assim como a vergonha e a repulsa causadas por este vídeo - compartilhado em nossa página com intuito evidentemente pedagógico e pautado pela lema do 'Nunca Mais'", prossegue o órgão.

"Esse tipo de narrativa criminosa é um insulto à democracia, às vítimas do Holocausto, aos seus descendentes e a todos que entendem, de uma vez por todas, o que esse genocídio representa na luta contra o ódio e em prol dos direitos humanos", continua a publicação.

O vídeo, que começou a circular nesta quarta (10), causou revolta nas redes sociais. O vereador de Porto Alegre Leonel Radde (PT), registrou um boletim de ocorrência contra a advogada. "A suspeita utilizou uma famosa frase nazista, erigida em campos de concentração, para incitar a quebra do regime democrático", diz o BO, reproduzido parcialmente pelo parlamentar em sua conta no Twitter.

A Cultura tentou contato com Dóris Denise Neumann, mas não obteve resposta. A reportagem será atualizada caso um posicionamento seja enviado.