No Jornal da Cultura desta quarta-feira (7), a infectologista do Instituto Emílio Ribas Rosana Richtmann criticou a atuação de médicos que receitam medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19 para tratar a doença.
“Todos os médicos, em teoria, estão submetidos a uma sociedade de classe. Se minha sociedade tem um documento embasado em ciência falando que não há indicação e eu prescrever, se houver qualquer complicação, mesmo que sem relação com a medicação, eu posso sofrer sanções. Quem prescreve esses medicamentos está totalmente contra as evidências científicas”, comenta.
Nesta quarta, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) esteve na cidade de Chapecó (SC) e, ao lado do prefeito João Rodrigues (PSD), voltou a defender o uso de medicamentos sem eficácia no tratamento do vírus e a autonomia dos médicos.
“Não podemos admitir impor limites ao médico. Se o médico não quiser receitar aquele medicamento, que não receite. Se outro cidadão qualquer acha que aquele medicamento não está certo, porque não tem comprovação científica, que não use, é liberdade dele. O off label, fora da bula, é o médico e o paciente”, disse.
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Para incentivar o “tratamento precoce”, o prefeito de Chapecó citou o hábito das pessoas se auto medicarem sem prescrição médica.
“Neste país e no mundo, qualquer ser humano, quando tem o primeiro sintoma de qualquer doença, o que ele faz? Ele vai se medicar para ficar curado logo. Nesse país isso não pode. Para alguns não pode tratar. Espera ficar ruim. Em Chapecó nós abrimos as portas e demos todas as opções”, declarou.
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