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Flickr/ Palácio do Planalto
Flickr/ Palácio do Planalto

Durante visita a Chapecó nesta quarta-feira (7), Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a causar polêmica em relação a vacina. Mas não foi em relação a da Covid-19, mas sim a da HIV. Quando falou sobre o combate a doença e ausência da vacina, alegou que os portadores eram de “uma classe especifica” e tinha “comportamentos sexuais diferenciados”.

“O HIV era mais voltada para uma classe especifica, que tinham comportamentos sexuais diferenciados e também se contraia via injeção, quando compartilhavam agulhas. Até hoje, nós não temos uma vacina para isso. É a mesma coisa na questão da Covid-19”, afirmou Bolsonaro.

A fala do presidente vai na contramão do que realmente é a doença. Quem afirma isso é a psicóloga Juny Kraiczyk, especialista em HIV e mestre em bioética. Para ela, é triste ouvir uma declaração como essa vinda do presidente da República. Além disso, é um erro histórico afirmar que o HIV não foi combatido quando surgiu porque atingia pessoas com “comportamentos sexuais diferenciados”. 

"Muitas pessoas acreditaram erroneamente que essa infecção só atingiria grupos específicos, como homossexuais, hemofílicos, haitianos, heroinômanos (usuários de heroína injetável) e hookers (denominação em inglês para as profissionais do sexo). Essa crença trouxe apenas preconceito e desinformação, uma vez que muitas pessoas acabaram achando e, infelizmente acham até hoje que, por não pertencer a grupos 'com comportamento sexual diferenciado' estariam livres da doença", explicou Kraiczyk. 

Esse tipo de analogia só agrava o problema e traz mais desinformação. Infelizmente, segundo Kraiczyk, declarações como a do presidente são comuns e ajudam a propagar um preconceito contra essas populações. O resultado disso é o atraso em pesquisas, corta de verbas para estudos na área e prejuízo na busca por tratamentos.

A educação é a principal alternativa para lutar contra o preconceito e fazer com que declarações como essa acabem. “Campanhas são importantes, principalmente em rede social, e buscar conhecimento sobre o assunto. Dessa maneira, você pode mudar sua maneira de pensar sem depender de figuras públicas”, declarou a especialista. 

Como acontece a infecção do HIV?

Para se adquirir o HIV, o vírus precisa entrar na circulação sanguínea, a forma mais comum é através das relações sexuais desprotegidas com alguém infectado, mas existem outras formas, como receber transfusão sanguínea de sangue contaminado, acidentes com agulhas infectadas, compartilhamento de agulhas para administração de drogas intravenosas, e transmissão da mãe para o bebe, quando a mãe é portadora e não está em tratamento.

Qualquer pessoa está propensa a se infectar com o vírus do HIV. Não existe um público alvo da doença.

Como se previnir

A principal forma de se previnir do HIV é proteção na hora de fazer sexo, tanto do homem, quanto da mulher. E atualmente, portadores da doença podem tomar medicamentos que abaixam a carga viral, fazendo com que a pessoa siga a vida normalmente.

Vacina contra o HIV

Embora a vacina ainda não esteja aprovada, pela primeira vez em mais de 10 anos, um protótipo de vacina contra o HIV que atende às especificações de estudos de segurança, chega a última etapa dos ensaios clínicos o que representam uma nova e atual esperança no enfrentamento do HIV.