Na manhã deste domingo (11), religiosos se manifestaram em Brasília no ato chamado “Marcha da Família Cristã”. Em cartazes, eles pedem liberdade religiosa depois do Supremo Tribunal Federal (STF) permitir que governadores e prefeitos possam proibir manifestações religiosas presenciais durante a pandemia.

Além do pedido de abertura de igrejas, muitos manifestantes seguravam faixam “contra o comunismo” e pedindo “intervenção militar com Bolsonaro no poder”. Também foi possível ver bandeiras do Império e de Israel.

O grupo se concentrou no Museu da República e desceu a Esplanada dos Ministérios a pé até a altura do gramado das pastas antes do Congresso Nacional. Não foi informado quantas pessoas exatamente estavam no local.

Manifestações semelhantes a de Brasília também aconteceram no Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Belém, mas todos em uma escala menor.

Leia também: Análise: CPI da pandemia pode elevar pressão sobre Bolsonaro

O ato acontece no pior momento da pandemia no Brasil. No último sábado, o país ultrapassou a marca de 350 mil óbitos pela Covid-19. A marca foi alcançada apenas 18 dias depois de chegar a marca dos 300 mil.

Decisão do STF

Por 9 votos a 2, o STF decidiu nesta quinta (8) manter a proibição de missas, cultos e outras atividades religiosas coletivas presenciais durante a pandemia.

O entendimento dos magistrados foi de que cerimônias religiosas não devem acontecer enquanto o país enfrenta o período mais severo da Covid-19. Igrejas, por exemplo, podem promover aglomerações e ser um vetor de contaminação.