Dados do Disque Denúncia apontam que mais de 95 mil chamados de abuso infantil foram registrados em 2020 no Brasil. O recente caso da morte do garoto Henry, de quatro anos, e a prisão da mãe e padrasto como suspeitos do crime evidencia os casos de violência infantil no país.
Em entrevista ao Jornal da Tarde desta segunda-feira (12), a Dra. Luci Pfiffer, membro do Departamento Científico de Segurança da Sociedade Brasileira de Pediatria, alerta sobre sinais comuns que crianças vítimas de maus tratos apresentam.
“A criança sempre tenta contar”, diz a doutora. Além de seus relatos serem muitas vezes desacreditados, Luci explica que leva um tempo para a criança entender determinado comportamento como violência. “Se ela está fechada em uma família violenta, ela não tem um modelo do que é uma vida normal”, completa.
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Sobre os sinais, ela explica que a criança expõe reações com seu corpo e atitudes: “Muitas dessas reações são tidas como transtornos de comportamento e diagnósticos distorcidos uma vez que a queixa vem dos violadores”.
Além de alguns adultos não saberem o que é um desenvolvimento normal de uma criança, a doutora afirma que algumas pessoas podem repetir a violência sofrida em sua própria infância, reproduzindo o comportamento nos filhos.
Existem várias formas de ajudar em casos de violência infantil, seja ela de agressão física, psicológica ou de negligência. “Algumas delas são conversar, encaminhar para um atendimento médico e também notificar. A notificação é o início para uma avaliação melhor da família e um tipo de ajuda”, explica Luci Pfiffer.
Veja a entrevista completa que foi ao ar no Jornal da Tarde desta segunda-feira (12):
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