Os senadores começam a se preparar para a CPI da Covid-19. Uma versão preliminar do plano de trabalho prevê acareações, quebras de sigilo e a convocação dos principais auxiliares do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para prestarem esclarecimentos sobre o combate a pandemia por parte do governo federal. O senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE) é o responsável pela elaboração desse roteiro.
Os primeiros a prestarem esclarecimentos na CPI serão os ministros da Saúde e da Economia. Para Marcelo Queiroga, os principais questionamentos serão a escassez de medicamentos e de insumos do kit intubação, demanda de oxigênio no país, distribuição pelo governo federal de medicamentos sem eficácia comprovada e aquisição de vacinas.
Para Paulo Guedes, o foco será os recursos gastos com o auxílio emergencial e as medidas econômicas voltadas para população mais vulnerável.
Além de nomes que estão no governo atualmente, a CPI também pretende convocar os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello. Também o ex-ministro Ernesto Araújo, e o ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Fábio Wajngarten.
O general Edson Pujol também está entre os alvos da comissão para explicar a fabricação de cloroquina pelo Exército e o custeio dessa produção.
Esse roteiro ainda é preliminar e pode passar por alterações nos próximos dias. O documento final será levado para votação na primeira reunião da CPI, que pode acontecer no dia 22 ou 27 de abril. A data final será definida pelo presidente do Senado Rodrigo Pacheco (DEM/MG).
Estados e municípios
A CPI da Covid-19 também irá investigar os repasses federais para os estados e municípios no combate ao novo coronavírus.
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O plano de trabalho prevê o depoimento de algum representante do Fórum de Governadores, da Secretaria de Controle Externo da Saúde do Tribunal de Contas da União, da Controladoria Geral da União e do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).
Dentre os prefeitos, o único que aparece listado no plano de trabalho é David Almeida, prefeito de Manaus. Em janeiro, a capital do Amazonas teve a rede de hospital colapsada e pacientes morreram por falta de oxigênio.
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