Durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira (21), o ministro da Saúde Marcello Queiroga afirmou que prevê a vacinação contra a Covid-19 do grupo prioritário até setembro. Segundo o Plano Nacional de Imunização (PNI), são 77,5 milhões de brasileiro, o que representa aproximadamente 35% da população. Desse grupo, apenas 9 milhões receberam as duas doses até o dia 20 de abril.
"O processo tem ocorrido de forma cada vez mais célere e vamos, se continuar nesse ritmo, até setembro atingir a imunização da população prevista no PNI. O objetivo é que ocorra antes", disse o ministro.
A expectativa do ministério é que todos do grupo prioritário recebam a primeira dose até 15 de junho. Mas, segundo Francieli Fantinato, coordenadora do PNI, o intervalo maior entre as duas doses da vacina da Astrazeneca/Oxford, leva a conclusão da imunização para setembro.
O problema em relação a essa previsão é que ela é diferente da feita pela antiga equipe do ministério. A meta de Eduardo Pazuello era vacinar todo o grupo prioritário até maio e metade da população até o final de junho.
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Para o atual ministro, a prazo precisou ser alterado devido ao atraso nas entregas das vacinas. Ele citou o não envio de doses pela Covax Facility, consórcio administrados pela OMS, problemas da importação de insumos que vem de fora do país e a não aprovação de imunizantes por parte da Anvisa.
No final da coletiva, perguntado sobre o atraso, Queiroga ressaltou que o Brasil é o quinto país com mais doses aplicadas no mundo e questionou a forma como a imprensa lida com a cobertura da Campanha de Vacinação.
“Vamos deixar de ver só problemas, porque, na realidade, estamos aqui para dar solução para a população. Vamos parar com essa coisa de ficar contando dose de vacinação. Estamos trabalhando”, disse com um tom de voz mais elevado.
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