Cientistas de cinco universidades dos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido, enviaram uma carta à revista científica The Lancet em que listam dez motivos científicos que apontam a transmissão do coronavírus pelo ar.
A possibilidade de o vírus ser ou não disseminado pelo ar é uma das principais controvérsias da pandemia. Mas o grupo de cientistas explicou quais evidências comprovam a tese.
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Entre elas, estão o que eles chamam de eventos super espalhadores, que nada mais é de que uma aglomeração de pessoas falando ou comendo por um determinado tempo. A alta incidência de transmissão nesses eventos sugere o domínio da transmissão por aerosol, partículas muito pequenas que ficam em suspensão no ar depois de serem expelidas por alguém contaminado.
A transmissão pelo ar fora do mesmo ambiente também pode acontecer quando o local não é bem ventilado. As partículas de aerosol ficam suspensas e uma pessoa que chega ao ambiente pode se contaminar.
Outros locais de alta contaminação pelo ar são os hospitais. Mesmo aqueles onde o uso de Equipamento de Proteção Individual é rigoroso houve contaminação porque, segundo os cientistas, esses EPI´s são projetados para proteger contra a exposição à gotículas, mas não a aerossóis suspensos no ambiente.
Os ambientes fechados são mais propensos a reter o vírus por mais tempo no ar. Segundo pesquisas, o coronavírus permaneceu infeccioso no ar por até três horas.
O grupo de cientistas também indicou que a transmissão de assintomáticos é grande e responsável por pelo menos um terço de toda a transmissão global.
Confira lista divulgada:
1. Eventos 'superespalhadores' do vírus
2. Transmissão fora do mesmo ambiente (caso na Nova Zelândia)
3. Transmissão por assintomáticos
4. Transmissão é maior em ambientes internos
5. Transmissão em hospitais
6. Vírus viável já foi encontrado no ar
7. Vírus em filtros de ar e dutos
8. Estudos com animais em gaiolas
9. Não há evidências consistentes do contrário
10. Provas de outras formas dominantes de contágio são limitadas
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