A pandemia da Covid-19 impactou todos os setores da sociedade, um dos mais afetados foi a economia. Uma pesquisa realizada pela FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), entre dezembro de 2020 e janeiro, mostra que 48,9% dos empresários precisaram de algum empréstimo para contornar os danos do novo coronavírus sobre o próprio negócio.

Entre os entrevistados, 10% aderiram ao Pronampe, programa criado pelo governo federal no ano passado, para ajudar micro e pequenas empresas a terem acesso a créditos nos bancos.

Um agravante desta situação é que os empreendedores relatam dificuldades para pagar o empréstimo que fizeram para tentar manter a empresa de pé. Segundo a pesquisa, 30,8% deles não estão conseguindo quitar nem a primeira parcela do financiamento e mais de 60% dos entrevistados afirmaram precisar de mais tempo.

"Hoje a gente é uma empresa morta viva", diz a empresária Tita Dias. Ela conta que diante a situação crítica, começou a tentar encontrar algum comprador para a empresa. "Eu já estava jogando a toalha, não tinha como".

O professor de economia da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Joelson Sampaio entende o desejo dos empresários de terem mais tempo para quitar o financiamento. "Prolongar a dívida é prolongar a vida da empresa". No entanto, ele explica que "em algum momento, o empreendedor vai acabar entrando numa bola de neve e não conseguindo sair mais".

Para ele, a solução para superar a crise financeira é sair da crise sanitária primeiro. "Aí a gente vai de fato resolver a vida dessas empresas, podendo voltar a sua normalidade", finaliza.

Assista a reportagem do Jornal da Tarde desta terça-feira (11):

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