Direita do Chile sofre derrota nas eleições no último final de semana
Aproximadamente dois terços dos votos foram conquistados pela esquerda e independentes
17/05/2021 16h54
Neste último domingo (16) a coalizão governista de centro-direita do Chile sofreu uma derrota nas eleições para definição dos nomes que irão redigir a nova constituição, além de governadores, prefeitos e vereadores.
Quase dois terços dos votos apurados foram conquistados por candidatos da esquerda e independentes. Ao todo, 1373 candidatos concorreram a 155 cadeiras da convenção constitucional, das quais 17 foram reservadas aos povos originários como Mapuches e Quechuas.
Candidatos do partido de centro-direita, Chile Vamos, conquistaram apenas 38 das 52 cadeiras esperadas. A coalizão não era derrotada desde 1962, com nova composição legislativa, muitas mudanças no texto constitucional são esperadas, já que agora será mais fácil dar continuidade às propostas progressistas antes barradas pelo conservadorismo.
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A convenção constitucional é uma conquista das manifestações ocorridas no Chile contra a desigualdade e o elitismo que têm sido reprimidas com violência desde outubro de 2019. O texto da constituição chilena foi redigido em 1980 durante o regime militar de Pinochet e carrega diversas críticas com relação aos limites que impõe ao estado e ao favoritismo às grandes empresas.
Após a derrota, o atual presidente Sebastián Piñera admitiu que seu governo, assim como outros partidos tradicionais, não atenderam as necessidades dos cidadãos.
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